INTERNACIONAL

Europa se prepara para novas restrições ante uma pandemia que não cede

Diversos países europeus, como Alemanha e França, finalizam as medidas para tentar frear o preocupante avanço dos contágios e evitar os momentos mais duros da primeira onda da pandemia do novo coronavírus

AFP
14/10/2020 às 11:04.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:43

Diversos países europeus, como Alemanha e França, finalizam as medidas para tentar frear o preocupante avanço dos contágios e evitar os momentos mais duros da primeira onda da pandemia do novo coronavírus.

A covid-19 já provocou pelo menos 1,08 milhão de mortes no mundo e 38,2 milhões de contágios.

Com mais 244.000 vítimas fatais e 6,7 milhões de casos, a Europa é a região do mundo em que a epidemia avançou mais durante a semana passada, dados que provavelmente serão repetidos na semana em curso.

Nesta quarta-feira (14), foi anunciado que a chanceler Angela Merkel deseja impor novas restrições na Alemanha.

Entre as medidas, estão a ampliação do uso obrigatório de máscara, ou antecipar o horário de fechamento de bares e restaurantes nas zonas onde a taxa de contágio alcançar 35 casos para cada 100.000 pessoas durante sete dias consecutivos, em vez de 50 por 100.000, como prevalece atualmente.

A Alemanha anunciou 5.132 novos contágios declarados em 24 horas, o que representa o maior aumento em apenas um dia em seis meses, segundo o Instituto de vigilância epidemiológica Robert Koch.

O governo destaca que os números podem melhorar com "determinação e vontade da sociedade em seu conjunto".

Na Espanha, bares e restaurantes da Catalunha permanecerão fechados por pelo menos 15 dias, a partir da noite de quinta-feira, para frear o avanço da pandemia de covid-19.

"É uma medida dolorosa, mas necessária", afirmou em um discurso o presidente regional encarregado, Pere Aragonés.

A Catalunha se une, assim, a outras regiões - como Madri, Andaluzia, Navarra e Galícia -, que decretaram medidas para combater o aumento dos contágios. A Espanha registra um balanço de 33.000 mortes provocadas pela covid-19.

Na França, o presidente Emmanuel Macron discursará sobre a situação do país e, provavelmente, anunciará novas medidas nesta quarta-feira à noite.

O país tem 1.633 pessoas em UTIs, com assistência respiratória, devido à covid-19. A capacidade nacional é de 5.000 leitos. A França registrou, até agora, 33.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Hoje, o governo autônomo da Irlanda do Norte anunciou as restrições mais duras impostas atualmente em todo Reino Unido contra o coronavírus, em meio a uma maior pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson para que adote medidas similares na Inglaterra.

"É preciso uma intervenção urgente para interromper a propagação do vírus e evitar o agravamento da situação", afirmou a chefe do Governo norte-irlandês, Arlene Foster.

O país vai restringir o horário de funcionamento de bares e restaurantes, limitará as reuniões, determinará o fechamento de salões de beleza e adotará novas normas para os supermercados. Além disso, o governo pediu o retorno do trabalho remoto e do ensino a distância.

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