Vários países europeus, como França e Espanha, viveram neste domingo(10) seu último dia de confinamento, entre a alegria e o medo de um novo pico da disseminação do coronavírus, que já deixou mais de 280
Vários países europeus, como França e Espanha, viveram neste domingo(10) seu último dia de confinamento, entre a alegria e o medo de um novo pico da disseminação do coronavírus, que já deixou mais de 280.000 mortos no mundo, 10.000 deles no Brasil, o foco principal na América Latina.
Quase cinco meses após sua erupção na China no final de 2019, a pandemia que levou ao confinamento mais da metade da humanidade e paralisou a economia mundial parece estar sob controle em vários países, embora em plena expansão em outros, em particular, na América.
Mas o fantasma de um novo surto, e talvez até de um terceiro, mencionado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ronda todos os lugares.
A Coreia do Sul foi considerada um modelo no gerenciamento da crise. Depois de conter a propagação do vírus e diminuir as restrições, a Prefeitura de Seul foi forçada no sábado a fechar todos os bares e clubes diante de um novo e evidente aumento de casos COVID-19.
Na China, o primeiro caso em um mês foi registrado na cidade de Wuhan, berço da SARS-CoV-2.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in disse que essas novas infecções mostram que "mesmo durante a fase de estabilização, situações semelhantes podem surgir novamente a qualquer momento".
Na Alemanha, outro estado considerado exemplar diante da crise, está superando o limite de 50 novas infecções por 100.000 habitantes em três cantões.
Nesse país, bares e restaurantes puderam abrir no sábado no estado de Mecklembur-Pomerania, às margens do Mar Báltico, embora os garçons precisassem usar máscara e os clientes tivessem que respeitar a distância social.
No Irã, o país do Oriente Médio mais afetado pelo coronavírus com mais de 6.500 mortes segundo dados oficiais, também há um relaxamento das restrições, mas o medo de um novo surto persiste.
"A fila de idiotas", murmurou Manouchehr, um comerciante de Teerã, diante da longa fila de uma agência de câmbio no distrito de Sadeghieh, a oeste da capital.
A Índia, onde a pandemia oficialmente causou mais de 60.000 casos e 2.000 mortes, também está tomando medidas para o desconfinamento e, a partir de terça-feira, sua rede ferroviária, uma das maiores do mundo, começará a operar "gradualmente" novamente, segundo a Indian Railways.
Na segunda-feira, na Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia com mais de 26.600 mortes, metade dos 47 milhões de habitantes entra na fase 1 do período de desconfinamento, que vai permitir a reunião de até dez pessoas em terraços com capacidade limitada.
As áreas mais afetadas, como Madri e Barcelona, terão que esperar que a situação do serviços de saúde melhore.
"A primeira coisa que vou fazer e o que mais sinto falta é organizar um jantar em casa com meus amigos, mesmo que sejamos poucos e tenhamos que manter distância", disse à AFP Olegario Yáñez, funcionário de um banco privado, que vive em Linares (sul).
Na França, onde há mais de 26.000 mortes, o desconfinamento também será por região. Nas últimas 24 horas, o país registrou o menor número diário de óbitos (70) desde o início do confinamento, em 17 de março. Está prevista a reabertura parcial das escolas, uma medida que suscita preocupações nas famílias.