A Europa, encurralada por uma segunda onda brutal de coronavírus, lança novas medidas para tentar conter uma pandemia que ja deixou mais de 1,16 milhão de mortos e 43,7 milhões de infectados no mundo, de acordo com o último balanço da AFP feito a partir de fontes oficiais
A Europa, encurralada por uma segunda onda brutal de coronavírus, lança novas medidas para tentar conter uma pandemia que ja deixou mais de 1,16 milhão de mortos e 43,7 milhões de infectados no mundo, de acordo com o último balanço da AFP feito a partir de fontes oficiais.
A União Europeia anunciou nesta terça-feira (27) a transferência de empréstimos milionários à Itália, Espanha e Polônia frente ao aumento do desemprego provocado pela covid-19, como parte do programa Sure, que conta com um fundo de 100 bilhões de euros.
Na Espanha - onde foi decretado estado de emergência sanitária e as medidas foram reforçadas - os médicos da rede pública, exaustos após mais de seis meses de pandemia, iniciaram uma greve nacional nesta terça-feira, a primeira em 25 anos, para exigir um maior reconhecimento do seu trabalho.
À AFP, a Confederação Estadual de Sindicatos Médicos informou que 85% dos profissionais participam da greve, porém a maioria o faz de forma simbólica, para manter o serviço essencial.
Na Itália, as novas medidas foram mal recebidas, com manifestações em Roma e outras cidades que, desde o fim de semana, rejeitam o fechamento de bares e restaurantes a partir das 18h00, além de todos os teatros, cinemas e academias por um mês.
Em Milão e Turim (norte), os protestos desta segunda-feira terminaram em confrontos entre a polícia e manifestantes, atos de vandalismo contra bondes e vitrines quebradas, além do uso de coquetéis molotov e gás lacrimogêneo.
Na França, onde a situação é crítica, o governo planeja estender o toque de recolher noturno - que já afeta 46 milhões de pessoas - e impor um confinamento domiciliar nos fins de semana ou nas áreas mais afetadas pela doença, como Paris.
"Devemos nos preparar para decisões difíceis", informou o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, nesta terça-feira.
A Europa realizará uma cúpula daqui a dois dias para tratar da pandemia. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou: "Precisamos de uma ação decisiva, necessariamente de alcance europeu, firmada em dois pilares: testes e rastreio, além das vacinas".
A Rússia, por sua vez, anunciou que foi "a primeira" a solicitar à Organização Mundial da Saúde (OMS) a "pré-qualificação de sua vacina contra o novo coronavírus".
Na América Latina, onde o coronavírus continua fortemente ativo, a situação se complica em vários países, como a Argentina, que vive uma crise de grandes proporções, enquanto a luta pela legalização do aborto é retomada.
Na capital do Peru, Lima, quadros gigantes foram instalados em duas áreas da cidade, onde qualquer pessoa pode escrever o que quiser a partir do título: "Quando terminar...". "Quero deixar de usar máscara", "Abraçar os meus pais", "Praias liberadas, boates e shows", dizem algumas das 5.000 mensagens escritas até agora.
O Dia de Finados, muito importante no México e em outros países da região, aproxima-se. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou que a data servirá para homenagear os 90 mil mortos pela covid-19.