INTERNACIONAL

Europa condenada a tomar medidas drásticas contra a pandemia

A Europa deve se preparar para tomar medidas mais rígidas "nas próximas semanas" contra a pandemia do coronavírus, alertou sua agência de vigilância sanitária nesta quinta-feira (21), enquanto nos Estados Unidos o governo do novo presidente Joe Biden anunciou seu retorno à OMS

AFP
21/01/2021 às 18:44.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:10

A Europa deve se preparar para tomar medidas mais rígidas "nas próximas semanas" contra a pandemia do coronavírus, alertou sua agência de vigilância sanitária nesta quinta-feira (21), enquanto nos Estados Unidos o governo do novo presidente Joe Biden anunciou seu retorno à OMS.

Os 27 líderes europeus abriram uma cúpula em Bruxelas para decidir fortalecer a coordenação, dada a pressão imparável sobre seus sistemas de saúde, oprimidos pelo aumento das infecções.

O governo recém-empossado de Joe Biden quis se distanciar rapidamente da política de seu antecessor e concretizou nesta quinta a sua reincorporação à Organização Mundial da Saúde, garantindo o seu apoio financeiro à instituição e elogiando o seu papel no combate à pandemia.

"A mensagem essencial é se preparar para uma escalada rápida nas próximas semanas para preservar as capacidades de saúde, bem como acelerar as campanhas de vacinação", disse o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) com base em Estocolmo.

Alguns países não esperaram pelos avisos. Portugal, que bate recordes de infecções, anunciou o fechamento das suas escolas durante 15 dias.

O Parlamento holandês aprovou o primeiro toque de recolher a ser imposto no país, a partir das 21h.

Na Espanha, que novamente registrou um número recorde de casos na quinta-feira, com mais de 44 mil novas infecções, as regiões estão pedindo ao governo central que as autorize a tomar medidas mais duras.

Durante a primeira onda, a Espanha impôs um dos confinamentos mais rígidos do mundo, que só permitia que as pessoas saíssem de casa por motivos de força maior, algo que o governo central prefere evitar.

Ao contrário do clima sombrio na Europa, o novo governo democrata nos Estados Unidos iniciou com vigor e uma avalanche de medidas a nova etapa no combate ao coronavírus.

Biden prometeu que voltaria a pagar as dívidas à Organização Mundial da Saúde (OMS), duramente golpeada durante a Presidência do republicano Donald Trump por causa de seu papel hesitante no início da crise.

Os Estados Unidos acusaram a OMS em 2020 de ser excessivamente leniente com a China, onde surgiu a pandemia. Uma comissão de especialistas da organização deve preparar um relatório ao final de uma investigação naquele país.

O imunologista Anthony Fauci agradeceu à OMS pela "liderança na resposta global a esta pandemia" e garantiu que Washington honrará "suas obrigações financeiras para com a organização".

Na quarta-feira, o número de mortos por covid-19 nos Estados Unidos ultrapassou o número de soldados americanos mortos durante a Segunda Guerra Mundial. A pandemia já fez 405.500 vítimas fatais no país, sendo o mais atingido do mundo.

Em todo o mundo, o vírus já matou ao menos 2,07 milhões de pessoas e as autoridades estão alarmadas com o surgimento de novas variantes que apareceram no Reino Unido, África do Sul e Brasil, e que são mais contagiosas.

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