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Europa busca lutar contra pandemia sem atentar contra vida privada

Na Europa, autoridades políticas, especialistas de saúde e engenheiros tentam encontrar uma maneira de usar os telefones celulares para lutar contra o coronavírus, sem que isso represente um ataque à vida privada de seus cidadãos

AFP
03/04/2020 às 13:40.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:50

Na Europa, autoridades políticas, especialistas de saúde e engenheiros tentam encontrar uma maneira de usar os telefones celulares para lutar contra o coronavírus, sem que isso represente um ataque à vida privada de seus cidadãos.

Confira abaixo alguns dos pontos envolvendo o assunto:

A Comissão Europeia pediu às grandes operadoras europeias de telefonia que lhe transmitam dados homologados e anônimos sobre os deslocamentos da população, obtidos com base na conexão dos celulares às antenas das redes móveis.

Na França, a operadora Orange já transmite estes dados para o Inserm (Instituto de Pesquisa Médica).

Os dados agregados são a base de grupos geográficos correspondentes a cerca de 50.000 pessoas, definidos pelo instituto francês de estatística.

A operadora SFR também transmite dados similares para o organismo que administra os hospitais de Paris (AP-HP) e para o Instituto Nacional de Pesquisa de Ciências e Tecnologia Digital (Inria).

Na Alemanha, a Deutsche Telekom alimenta com dados o Instituto Robert-Koch, o estabelecimento público de referência no país em matéria de saúde pública.

Já a Google publicará estatísticas de dados de localização de seus usuários para ajudar os poderes públicos a avaliarem a eficácia das medidas de distanciamento social.

Serão baixados em uma rede específica para mais de 131 países, entre eles a França.

Além dos dados em massa e anônimos, o diretor da Orange, Stéphane Richard, e o governo alemão esperam implantar um sistema que permita usar os dados dos celulares de particulares.

O objetivo é avaliar o deslocamento da população e também informar a cada indivíduo se esteve em contato, nas últimas duas semanas (tempo de incubação do vírus), com uma pessoa infectada.

O sistema funciona com Bluetooth, uma tecnologia que permite aos celulares identificar aparelhos próximos (auriculares, alto-falantes, impressores, etc.).

O exemplo vem de Singapura.

As autoridades da cidade-Estado criaram um aplicativo chamado Trace Together, que começou a funcionar em 20 de março. Ele guarda na memória a identificação dos telefones que passam perto.

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