A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou nesta sexta-feira (29) a autorização da vacina da AstraZeneca contra a covid-9 para os maiores de 18 anos, enquanto cresce a preocupação em todo o mundo pela lentidão na vacinação e as novas variantes do coronavírus
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou nesta sexta-feira (29) a autorização da vacina da AstraZeneca contra a covid-9 para os maiores de 18 anos, enquanto cresce a preocupação em todo o mundo pela lentidão na vacinação e as novas variantes do coronavírus.
A vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford é a terceira a obter a aprovação da EMA, depois da Pfizer/BioNTech em 21 de dezembro e Moderna em 6 de janeiro.
"A EMA recomendou a autorização de fabricação condicional para a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 para pessoas de mais de 18 anos", anunciou o órgão regulador europeu com sede em Amsterdã.
Os países da UE aguardavam a decisão do regulador, na dúvida se seguiria o exemplo da comissão de vacinação da Alemanha, que na quinta-feira não recomendou a vacina da AstraZeneca para os maiores de 65 anos devido a dados "insuficientes", uma decisão que os especialistas alemães mantiveram nesta sexta-feira, apesar do anúncio da EMA.
A AstraZeneca elogiou imediatamente a aprovação de sua vacina pela EMA, prometendo "um acesso amplo e justo" ao produto.
A decisão da EMA coincide com uma forte tensão entre a UE e AstraZeneca. Há alguns dias, o laboratório britânico é alvo da indignação dos líderes europeus, após anunciar que só poderia fornecer um quarto das doses que prometeu para o primeiro trimestre de 2021.
A UE exige que o laboratório cumpra com seus compromissos fornecendo as doses produzidas em suas fábricas no Reino Unido, mas Londres insiste que seu país deve receber primeiro todas as vacinas que ordenou.
Aumentando a pressão, a Comissão Europeia publicou o contrato, ocultando vários parágrafos de comum acordo com o laboratório, no qual a AstraZeneca promete seu "melhor esforço" para cumprir com os objetivos e coloca as fábricas britânicas à disposição.
Além disso, a Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira a adoção de um mecanismo de controle da exportação de vacinas anticovid do território europeu. "Esta transparência não era suficiente, e é fundamental nesse momento", afirmou o vice-presidente executivo, Valdis Dombrovskis.
A AstraZeneca também disse que espera "em breve" uma solicitação de autorização de comercialização da vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson, que anunciou que seu produto tem uma eficácia geral de 66%.
Desde seu surgimento, a covid-19 matou quase 2,2 milhões de pessoas entre as 100 milhões infectadas no mundo e as esperanças para virar a página da pandemia estão voltadas para as vacinas desenvolvidas em menos de um ano, um marco científico.
A mais de 8.500 km de Amsterdã, uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a coletar dados em sua primeira visita a Wuhan em busca de indícios sobre a origem do coronavírus.
Os especialistas visitaram hoje um hospital e devem visitar também um mercado de alimentos desta metrópole de 11 milhões de habitantes que é considerada o "marco zero" da pandemia.
"Estamos no hospital que tratou alguns dos primeiros casos conhecidos de covid-19, nos reunimos com os médicos e a equipe que realizou esse trabalho", tuitou Peter Daszak, presidente da ONG EcoHealth Alliance e membro da missão.