Autoridades de segurança aérea dos Estados Unidos anunciaram penalidades mais duras por má conduta a bordo, em meio a um aumento de incidentes em voos.
Segundo a nova política, que entra em vigor em 30 de março, a Federal Aviation Administration (FAA) vai entrar com ações judiciais contra os passageiros que não se comportarem, anunciou a agência na noite de quarta-feira.
A política atual consiste em uma série de advertências civis e penalidades.
"Os passageiros que interferirem, agredirem fisicamente ou ameaçarem agredir a tripulação ou qualquer outra pessoa em uma aeronave enfrentarão penalidades severas, incluindo multas de até 35 mil dólares e prisão", explicou a FAA.
"Este comportamento perigoso pode distrair, afetar e ameaçar as tarefas de segurança da tripulação."
O anúncio foi feito na sequência do ataque ao Capitólio por partidários do presidente Donald Tump em 6 de janeiro. O grande número de vídeos que viralizaram na semana passada, nos quais os passageiros resistem aos esforços da tripulação para retirá-los dos voos, também motivou a mudança.
O CEO da Delta Airlines, Ed Bastian, disse à CNBC nesta quinta-feira (14) que a empresa não permitirá que clientes com armas de fogo em voos com destino à região metropolitana de Washington.
"Estamos todos em alerta com base nos acontecimentos das últimas semanas em Washington", disse ele.
A Alaska Airlines informou que no fim de semana impediu que 14 pessoas embarcassem em voos entre o aeroporto Washington Dulles e Seattle (oeste).
Os passageiros "não usavam máscaras, eram barulhentos, agressivos e assediavam nossa tripulação", disse um porta-voz.
Desde agosto de 2020, a empresa sancionou 302 passageiros por violarem a obrigatoriedade do uso de máscara.
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