INTERNACIONAL

EUA sanciona dois ex-ministros libaneses por corrupção e apoio ao Hezbollah

Os Estados Unidos impuseram sanções nesta terça-feira a dois ex-ministros libaneses, Youssef Fenianos e Ali Hassan Khalil, por "corrupção" e apoio ao movimento xiita Hezbollah, considerado uma organização terrorista por Washington

AFP
08/09/2020 às 17:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:15

Os Estados Unidos impuseram sanções nesta terça-feira a dois ex-ministros libaneses, Youssef Fenianos e Ali Hassan Khalil, por "corrupção" e apoio ao movimento xiita Hezbollah, considerado uma organização terrorista por Washington.

"Os Estados Unidos apoiam o povo do Líbano em suas demandas por reforma e continuarão a usar todos os meios à sua disposição para atacar aqueles que os oprimem e exploram", advertiu o Secretário do Tesouro Steven Mnuchin em um comunicado.

"A explosão catastrófica no porto de Beirute em 4 de agosto ampliou a urgência dessas chamadas", disseram seus serviços.

Ali Hassan Khalil, um pilar do partido xiita Amal, era ministro das Finanças desde 2014, mas, como uma das autoridades mais criticadas pela multidão nas ruas, foi demitido do governo tecnocrático estabelecido no início do ano.

Youssef Fenianos foi ministro dos Transportes e Obras Públicas de 2016 a 2020.

Em um tuíte, o chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, descreveu os dois como "dois ex-ministros libaneses corruptos que abusaram de suas posições para fornecer apoio material ao Hezbollah".

Essas medidas punitivas "deveriam servir como um alerta: os Estados Unidos não hesitarão em punir qualquer pessoa ou entidade que apóie e torne possível as atividades terroristas ilícitas do Hezbollah", disse um alto funcionário americano a jornalistas.

"E os políticos libaneses que deram ao Hezbollah uma falsa aparência de legitimidade política, ou abusaram de suas posições para redirecionar fundos públicos para o grupo terrorista, são responsáveis por suas ações", acrescentou.

Ele disse ainda que os dois ministros estiveram envolvidos na gestão do porto, embora tenha ressaltado que não é esse o motivo das atuais sanções.

Após a explosão devastadora e mortal em 4 de agosto, Washington apoiou o apelo da França para formar um governo libanês radicalmente diferente dos anteriores, capaz de iniciar reformas estruturais para tirar o país da estagnação econômica.

Os Estados Unidos, entretanto, dão mais ênfase à necessidade de combater a influência do Hezbollah, um movimento pró-iraniano odiado pelo lado americano.

fff/la/rsr/cc

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