Um supremacista branco arrependido que foi condenado à morte pelo assassinato de três membros de uma família foi executado nesta terça-feira (14), na primeira aplicação da pena de morte em nível federal nos Estados Unidos, após o fim de uma moratória de 17 anos
Um supremacista branco arrependido que foi condenado à morte pelo assassinato de três membros de uma família foi executado nesta terça-feira (14), na primeira aplicação da pena de morte em nível federal nos Estados Unidos, após o fim de uma moratória de 17 anos.
"Daniel Lewis Lee foi executado usando a injeção letal", informou a prisão de Terre Haute, em Indiana, onde estava o condenado.
Lee, 47 anos, que era um supremacista branco que depois renunciou a essas crenças, foi condenado à morte pelo assassinato de uma garota e seus pais em 1996 durante um assalto, para obter fundos para a "República Popular dos Povos Arianos".
Foi condenado em 1999 no Arkansas pelo assassinato de William Mueller, um traficante de armas, sua esposa, Nancy, e a filha de oito anos do casal, Sarah Powell.
O casal assassinado tinha um grande arsenal em sua casa, e as autoridades calcularam que Lee obteve cerca de US$ 80.000 no roubo.
Em suas últimas palavras, Lee proclamou sua inocência, de acordo com um jornal local presente na execução, e criticou o sistema de justiça por ignorar evidências.
"Estão matando um homem inocente", disse Lee, segundo o jornal The Indianapolis Star.
A advogada de Lee, Ruth Friedman, denunciou o processo "vergonhoso" que levou à morte do condenado e disse que seu cliente esperou quatro horas na maca antes de ser executado.
Lee, originalmente de Yukon, Oklahoma, passou 20 anos no corredor da morte.
A execução estava marcada para segunda-feira, mas a juíza Tanya Chutkan ordenou que a sentença fosse suspensa horas antes para permitir apelações aos protocolos de injeção letal, que seria aplicada a ele e a outras três pessoas condenadas à morte por crimes federais.
O Departamento de Justiça recorreu imediatamente da sentença de Chutkan e a Suprema Corte lhe deu razão na manhã desta terça-feira.
A Suprema Corte concluiu que Lee e os outros detidos "não fizeram o necessário para justificar uma intervenção no último momento de um tribunal federal".
O prisioneiro do próximo corredor da morte, Wesley Purkey, 68, será executado na quarta-feira, também em Terre Haute.
Earlene Peterson, cuja filha e neta foram mortas por Lee, pediu clemência ao presidente Donald Trump, mas o presidente ignorou seu pedido.
Os familiares das vítimas também pediram para adiar a execução devido à pandemia de coronavírus, até que pudessem viajar com segurança para testemunhar o procedimento.