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EUA proíbe downloads de TikTok e bloqueia uso do WeChat

Estados Unidos ordenou, nesta sexta-feira (18), a proibição, o download do TikTok e bloqueou o uso do aplicativo WeChat, ambos de origem chinesa, uma nova escalada no confronto com a China sobre o destino desses dois aplicativos

AFP
21/09/2020 às 19:06.
Atualizado em 24/03/2022 às 13:07

Estados Unidos ordenou, nesta sexta-feira (18), a proibição, o download do TikTok e bloqueou o uso do aplicativo WeChat, ambos de origem chinesa, uma nova escalada no confronto com a China sobre o destino desses dois aplicativos.

A partir do domingo o aplicativo WeChat perderá sua funcionalidade no território americano, enquanto os usuários do TikTok não conseguirão fazer atualizações, ainda que possam continuar acessando o serviço até 12 de novembro.

Esse período permitirá um eventual acordo entre a TikTok, de propriedade da ByteDance da China, e uma empresa americana para proteger os dados do aplicativo e acalmar as preocupações de segurança nacional de Washington que motivaram as medidas restritivas.

O presidente americano, Donald Trump, se mostrou otimista com a possibilidade de um acordo.

"Acho que isso pode sair rapidamente. Há grandes empresas falando conosco sobre isso", disse ele a repórteres na Casa Branca.

A ordem anunciada na sexta-feira é vista pelo governo Trump como essencial para a segurança nacional, já que o presidente enfrenta a China em meio a uma dura campanha de reeleição.

"O Partido Comunista chinês mostrou que tem os meios e a intenção de usar esses aplicativos para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos", disse o secretário de Comércio Wilbur Ross, em comunicado.

O TikTok rejeitou o anúncio feito nesta sexta-feira e disse que continuará o embate no tribunal.

"Não concordamos com a decisão do Departamento de Comércio e estamos decepcionados", informou um porta-voz da empresa à AFP.

Jameel Jaffer, diretor do Instituto Knight da Primeira Emenda da Universidade da Columbia, explicou que a proibição generalizada de plataformas virtuais populares gera preocupações sobre a capacidade do governo de regulamentar a liberdade de expressão garantida pela Constituição.

"É um erro pensar nisso como (apenas) uma sanção do TikTok e do WeChat. É uma restrição séria aos direitos da Primeira Emenda dos cidadãos e residentes americanos", ressaltou Jaffer.

Depois de domingo, o serviço WeChat - um aplicativo para mensagens, compras, pagamentos e outros serviços - "desaparecerá", afirmou um alto funcionário do Departamento de Comércio.

Os usuários que têm o WeChat podem ter algum recurso ativo, mas isso "pode não estar funcionando depois de domingo", explicou.

Os usuários do WeChat nos Estados Unidos entraram com uma ação contra a proibição que permanece pendente.

A proibição americana do WeChat não afeta sua operação na China, onde é amplamente utilizado.

Quanto ao TikTok, os usuários poderão continuar a usá-lo até 12 de novembro, quando pode vir a ser totalmente banido se não houver um acordo que acalme as preocupações do governo em relação à segurança, segundo autoridades.

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