Os Estados Unidos realizaram seus primeiros bombardeios contra os talibãs após o fim, mais de uma semana atrás, de um cessar-fogo no Afeganistão acordado entre os insurgentes e as forças afegãs - anunciaram fontes militares americanas nesta sexta-feira (5)
Os Estados Unidos realizaram seus primeiros bombardeios contra os talibãs após o fim, mais de uma semana atrás, de um cessar-fogo no Afeganistão acordado entre os insurgentes e as forças afegãs - anunciaram fontes militares americanas nesta sexta-feira (5).
Os dois ataques ocorreram na quinta e sexta-feiras em diferentes províncias do Afeganistão, disse o porta-voz Sonny Leggett em sua conta no Twitter.
"São os primeiros bombardeios dos Estados Unidos contra (os talibãs) desde o cessar-fogo do Eid", o feriado muçulmano que marca o fim do Ramadã, afirmou.
No final de maio, os rebeldes surpreenderam o mundo ao decretar unilateralmente um cessar-fogo de três dias para que seus concidadãos pudessem "celebrar em paz" o Eid al-Fitr.
Nesta sexta-feira, dez soldados afegãos foram mortos no sudeste do país, em um ataque a seu veículo militar, relataram as autoridades.
"Nesta manhã (sexta-feira), uma bomba localizada pelos talibãs na beira da estrada explodiu na passagem de um veículo militar Humvee das forças de segurança afegãs, na província de Zabol", onde os insurgentes estão muito presentes, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Tareq Arian.
O cessar-fogo anunciado pelos talibãs em 24 de maio no final do Ramadã não foi prorrogado, apesar dos inúmeros pedidos do governo afegão.
Desde então, os insurgentes retomaram seus ataques às forças de segurança afegãs em todo país, embora, em seu conjunto, a violência e os combates tenham diminuído de intensidade.
Os insurgentes têm concentrado sua ofensiva contra as forças afegãs desde a assinatura, no final de fevereiro, em Doha, de um acordo com os Estados Unidos. O pacto prevê a saída de todas as tropas estrangeiras do Afeganistão até meados de 2021.
Em troca, os talibãs assumiram compromissos em matéria de luta contra o terrorismo e prometeram travar negociações de paz - diretas e sem precedentes - com o governo.
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