Estados Unidos e Canadá começaram a imunizar seus cidadãos contra o coronavírus, que continua em propagação, em particular na Europa, onde a Alemanha espera impaciente a aprovação da vacina, enquanto no Brasil o tema foi completamente politizado
Estados Unidos e Canadá começaram a imunizar seus cidadãos contra o coronavírus, que continua em propagação, em particular na Europa, onde a Alemanha espera impaciente a aprovação da vacina, enquanto no Brasil o tema foi completamente politizado.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) antecipou para 21 de dezembro a reunião em que deve tomar uma decisão, após pressão da Alemanha, que espera a aprovação da instituição continental para iniciar a vacinação.
O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, pediu na segunda-feira à noite a aceleração do processo. Depois de superar com bastante eficiência a primeira onda do coronavírus, o país está sendo muito afetado neste segundo momento.
"O objetivo é ter uma autorização antes do Natal. Queremos começar a vacinar antes do fim do ano", afirmou Spahn, em referência à vacina do laboratório americano Pfizer e da alemã BioNTech.
Nos Estados Unidos, a Agência de Alimentos e Medicamento (FDA, na sigla em inglês) afirmou nesta terça-feira que a vacina do laboratório americano Moderna "não mostra problemas de segurança específicos que impeçam a emissão" de uma autorização para o uso de emergência, antes de uma reunião de especialistas para examinar sua aprovação.
O objetivo dos Estados Unidos é vacinar 20 milhões de pessoas até o fim do ano e 100 milhões até março de 2021.
"É a luz no fim do túnel, mas é um túnel longo", advertiu o governador de Nova York, Andrew Cuomo, recordando que serão necessários "meses" para que uma grande parcela da população esteja imunizada.
O imunologista Anthony Fauci alertou que, apesar da vacinação, as pessoas devem continuar usando máscara e respeitar o distanciamento físico durante os próximos meses.
O Canadá também iniciou a vacinação contra a covid-19 na segunda-feira, assim como Abu Dhabi, cinco dias depois da aprovação dos Emirados Árabes à vacina do grupo chinês Sinopharm.
Nesta terça, a Jordânia aprovou a vacina Pfizer/BioNTech, que também já havia sido autorizada por Singapura, Bahrein, Arábia Saudita, México e Reino Unido, o primeiro país a adotar a medida.
A campanha de vacinação não impediu que Londres e regiões do sudeste da Inglaterra entrassem no terceiro nível de alerta na segunda-feira, com hotéis, pubs e restaurantes fechados, devido ao aumento "exponencial" de casos da doença.
O novo foco pode estar relacionado com uma mutação do vírus, segundo as autoridades, que consideraram, no entanto, "muito improvável" que a nova variante não responda à vacina.
Ao mesmo tempo, a Anvisa afirmou na segunda-feira que a China usa critérios "que não são transparentes" para conseguir a aprovação emergencial de sua vacina contra a covid-19, a CoronaVac, que está na fase final de testes no Brasil.
Também advertiu sobre "a potencial influência de questões relacionadas à geopolítica".