Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira (31) a Rússia de sufocar a liberdade de expressão, depois que Moscou reforçou as sanções contra ONGs e veículos da imprensa que considera "agentes estrangeiros"
Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira (31) a Rússia de sufocar a liberdade de expressão, depois que Moscou reforçou as sanções contra ONGs e veículos da imprensa que considera "agentes estrangeiros".
"Profundamente preocupados com a intensificação da repressão à sociedade civil na Rússia", escreveu Cale Brown, vice-porta-voz do Departamento de Estado, no Twitter, exigindo que a Rússia "respeite os direitos de seus cidadãos".
"As mudanças na "lei dos agentes estrangeiros" são particularmente preocupantes, pois permitem que as autoridades apliquem seletivamente requisitos onerosos de registro e rotulagem, vetem as atividades de uma organização e prendam aqueles que violarem as leis", escreveu Brown.
O governo do presidente russo, Vladimir Putin, rotula grupos não governamentais e meios de comunicação como "agentes estrangeiros", termo que remonta aos tempos soviéticos.
O serviço de controle de telecomunicações russo anunciou na terça-feira que convocou funcionários da mídia classificados como "agentes estrangeiros" para alertá-los de que devem identificar suas publicações de alguma forma e fornecer documentação detalhada sobre suas ações ou enfrentarão sanções.
A lista dessas mídias inclui a Radio Liberty/Radio Free Europe e a Voice of America, financiadas pelos Estados Unidos.
A Rússia começou a rotular esses canais depois que a televisão RT, financiada pelo Kremlin, foi registrada como agente estrangeiro nos Estados Unidos em 2017, em meio a preocupações sobre a influência russa nas eleições presidenciais do ano anterior.
De acordo com as regulamentações dos Estados Unidos, a RT deve rotular seu conteúdo em nome de um governo estrangeiro e relatar suas transações às autoridades, mas sua cobertura não é restrita.
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