Os eleitores da Geórgia comparecem às urnas nesta terça-feira (5) para uma eleição que decidirá o destino do Senado dos Estados Unidos e que terá um impacto profundo nos primeiros anos de mandato do futuro presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que pretende romper com a linha de administração de Donald Trump
Os eleitores da Geórgia comparecem às urnas nesta terça-feira (5) para uma eleição que decidirá o destino do Senado dos Estados Unidos e que terá um impacto profundo nos primeiros anos de mandato do futuro presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que pretende romper com a linha de administração de Donald Trump.
"O poder está nas suas mãos", tuitou o democrata Biden, que chegará à Casa Branca no dia 20 de janeiro.
Os dois candidatos de seu partido ao Senado, Jon Ossoff e Raphael Warnock, esperam surpreender e colocar o Senado sob o controle democrata.
"O futuro do nosso país está em jogo, é a última linha de defesa para nosso modo de vida", afirmou David Perdue, um dos dois senadores republicanos, que busca a reeleição ao lado de Kelly Loeffler, em declarações ao canal Fox News.
Caso os dois candidatos democratas derrotem os atuais senadores republicanos, o partido de Biden assumirá o controle do Senado. E, ao tomar posse, Biden terá maioria no Congresso para aplicar seu programa.
A disputa promete ser acirrada, e os resultados definitivos podem demorar vários dias.
Mais de três milhões dos sete milhões de eleitores registrados votaram de maneira antecipada, um recorde para eleições parciais do Senado na Geórgia.
A mobilização está à altura do que está em jogo, pois tanto o presidente eleito Biden como Trump viajaram na segunda-feira para a Geórgia para fazer campanha por seus candidatos.
O "estado pode mudar o rumo não apenas dos próximos quatro anos, mas também para a próxima geração", declarou Biden durante um comício em Atlanta.
Uma perspectiva que preocupa os republicanos, que voltaram a mencionar o fantasma de um governo "radical" e "socialista" até o fim da campanha, marcada por um grande comício de Trump.
Estas eleições parciais podem ser a "última oportunidade de salvar os Estados Unidos que amamos", declarou a seus simpatizantes o presidente, que se nega a admitir a derrota dois meses depois das eleições.
Apesar da pressão de Trump, as autoridades republicanas da Geórgia confirmaram a vitória de Biden no estado.
Mas, em Dalton, uma zona rural e conservadora do noroeste da Geórgia, os seguidores de Trump se mostraram convencidos de que o republicano venceu as eleições. Assim como o presidente republicano, eles denunciam fraudes sem apresentar provas.
As acusações não impedirão, no entanto, que votem nesta terça-feira nos candidatos republicanos.
Os dois candidatos republicanos são favoritos na conservadora Geórgia. Perdue ficou perto de 50% na disputa com Jon Ossoff na primeira votação. E, ainda que Warnock tenha superado Loeffler em novembro, ela agora pode se beneficiar do apoio de um rival republicano eliminado.