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EUA define equilíbrio político com eleição na Geórgia

Os eleitores da Geórgia comparecem às urnas nesta terça-feira (5) para uma eleição que decidirá o destino do Senado dos Estados Unidos e que terá um impacto profundo nos primeiros anos de mandato do futuro presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que pretende romper com a linha de administração de Donald Trump

AFP
05/01/2021 às 20:09.
Atualizado em 24/03/2022 às 01:22

Os eleitores da Geórgia comparecem às urnas nesta terça-feira (5) para uma eleição que decidirá o destino do Senado dos Estados Unidos e que terá um impacto profundo nos primeiros anos de mandato do futuro presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que pretende romper com a linha de administração de Donald Trump.

"O poder está nas suas mãos", tuitou o democrata Biden, que chegará à Casa Branca no dia 20 de janeiro.

Os dois candidatos de seu partido ao Senado, Jon Ossoff e Raphael Warnock, esperam surpreender e colocar o Senado sob o controle democrata.

"O futuro do nosso país está em jogo, é a última linha de defesa para nosso modo de vida", afirmou David Perdue, um dos dois senadores republicanos, que busca a reeleição ao lado de Kelly Loeffler, em declarações ao canal Fox News.

Caso os dois candidatos democratas derrotem os atuais senadores republicanos, o partido de Biden assumirá o controle do Senado. E, ao tomar posse, Biden terá maioria no Congresso para aplicar seu programa.

A disputa promete ser acirrada, e os resultados definitivos podem demorar vários dias.

Mais de três milhões dos sete milhões de eleitores registrados votaram de maneira antecipada, um recorde para eleições parciais do Senado na Geórgia.

A mobilização está à altura do que está em jogo, pois tanto o presidente eleito Biden como Trump viajaram na segunda-feira para a Geórgia para fazer campanha por seus candidatos.

O "estado pode mudar o rumo não apenas dos próximos quatro anos, mas também para a próxima geração", declarou Biden durante um comício em Atlanta.

Uma perspectiva que preocupa os republicanos, que voltaram a mencionar o fantasma de um governo "radical" e "socialista" até o fim da campanha, marcada por um grande comício de Trump.

Estas eleições parciais podem ser a "última oportunidade de salvar os Estados Unidos que amamos", declarou a seus simpatizantes o presidente, que se nega a admitir a derrota dois meses depois das eleições.

Apesar da pressão de Trump, as autoridades republicanas da Geórgia confirmaram a vitória de Biden no estado.

Mas, em Dalton, uma zona rural e conservadora do noroeste da Geórgia, os seguidores de Trump se mostraram convencidos de que o republicano venceu as eleições. Assim como o presidente republicano, eles denunciam fraudes sem apresentar provas.

As acusações não impedirão, no entanto, que votem nesta terça-feira nos candidatos republicanos.

Os dois candidatos republicanos são favoritos na conservadora Geórgia. Perdue ficou perto de 50% na disputa com Jon Ossoff na primeira votação. E, ainda que Warnock tenha superado Loeffler em novembro, ela agora pode se beneficiar do apoio de um rival republicano eliminado.

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