O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, condenou "energicamente" nesta quarta-feira (19) o golpe de Estado militar no Mali e exigiu a garantia da "liberdade e segurança das autoridades do governo" derrubado
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, condenou "energicamente" nesta quarta-feira (19) o golpe de Estado militar no Mali e exigiu a garantia da "liberdade e segurança das autoridades do governo" derrubado.
"Estados Unidos condena energicamente o motim de 18 de agosto no Mali, já que condenamos qualquer tomada de poder pela força", disse Pompeo em nota, sem mencionar um golpe.
O presidente Ibrahim Boubacar Keita foi deposto na terça-feira pelos militares. Tanto Keita quanto o primeiro-ministro Boubou Cisse foram detidos.
Pompeo pediu também que "trabalhem pelo restabelecimento de um governo constitucional", que comecem um diálogo e rejeitem a violência.
Com isso, os EUA ecoaram os pedidos da União Europeia e União Africana.
Os golpistas anunciaram hoje a criação de um Comitê Nacional para a Salvação do Povo (CNSP) e prometeram uma "transição política civil e eleições em um prazo razoável".
Keita é alvo de protestos há meses devido à estagnação da economia, corrupção e uma violenta insurgência islâmica.
Mali, um dos países mais pobres do mundo, é há anos palco de ataques jihadistas e confrontos intercomunitários.
Os militares rebeldes foram aplaudidos quando chegaram à capital, Bamako, na terça-feira. Não houve relatos de vítimas durante o golpe militar.
No entanto, o novo governo militar impôs um toque de recolher e o fechamento das fronteiras, isolando efetivamente o país.
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