Os Estados Unidos celebram, nesta quinta-feira (26), um Dia de Ação de Graças marcado pela pandemia, que provocou mais de 2.400 mortes em 24 horas no país, enquanto na Europa os números melhoram, e os cidadãos acompanham com esperança uma flexibilização das restrições antes do Natal.
Mais importante que o Natal para muitos, esta grande celebração familiar nos Estados Unidos acontece no momento em que o país registra o maior número diário de mortes em seis meses.
As autoridades de saúde recomendaram que a população não viaje, e o aeroporto de Los Angeles tinha poucos passageiros na quarta-feira (25).
"O avião estava praticamente vazio", disse Nathan Peterson, um estudante procedente de Utah.
O presidente eleito Joe Biden celebrará o Dia de Ação de Graças em Delaware, com a família mais próxima, sua mulher, a filha e o genro.
"Há uma esperança real, uma esperança tangível", afirmou o democrata em um discurso na televisão.
"A vida voltará à normalidade (...) Isto não vai durar eternamente", completou, em referência às futuras vacinas contra a covid-19, que podem começar a ser administradas em dezembro.
Em todo planeta, o vírus provocou mais de 1,4 milhão de mortes e mais de 60,4 milhões de contágios, segundo o balanço da AFP baseado nos números oficiais dos países.
Na Europa, que registra mais de 390.000 mortes e 17,1 milhões de casos, as medidas de confinamento impostas nas últimas semanas começam a apresentar resultados, e vários países começam a flexibilizar as restrições para as festas natalinas.
Na França, os estabelecimentos comerciais não essenciais reabrirão as portas a partir de sábado. Caso a situação continue melhorando, o governo cogita suspender em 15 de dezembro o confinamento, imposto há quase um mês, e substituí-lo por um toque de recolher noturno.
O Reino Unido, outro país muito afetado pela pandemia, prevê reabrir no início de dezembro todo comércio e iniciar um programa de testes em larga escala. O primeiro-ministro Boris Johnson já advertiu, no entanto, que o Natal não será "normal".
A Alemanha, que durante a primeira onda se viu relativamente pouco impactada pela pandemia, mas que atualmente registra números recordes de mortes e contágios, decidiu manter as restrições.
"O número de infecções ainda está em um nível muito elevado", declarou a chanceler Angela Merkel na quarta-feira.
O país está próximo de superar a marca de um milhão de contágios e já contabiliza 14.771 mortes, mais de 400 delas nas últimas 24 horas, segundo o Instituto de vigilância sanitária Robert Koch.
Por este motivo, as restrições impostas em novembro seguirão em vigor até o início de janeiro. Bares, restaurantes, centros culturais e estabelecimentos esportivos ainda permanecerão fechados por mais de um mês.