Um alto funcionário do Departamento de Saúde dos Estados Unidos afirmou neste domingo que, diante do possível aumento do número de mortes por COVID-19 no país, o governo deveria examinar todas as medidas possíveis para conter a doença, incluindo novos confinamentos nos estados mais afetados
Um alto funcionário do Departamento de Saúde dos Estados Unidos afirmou neste domingo que, diante do possível aumento do número de mortes por COVID-19 no país, o governo deveria examinar todas as medidas possíveis para conter a doença, incluindo novos confinamentos nos estados mais afetados.
"Estamos todos muito preocupados", disse o almirante Brett Giroir, secretário assistente do Departamento de Saúde, ao canal ABC.
Em particular, ele defendeu o novo fechamento de bares, um maior distanciamento entre clientes nos restaurantes e um uso praticamente universal de máscaras nas áreas mais afetadas, em sua maioria nos estados do sul do país optaram por uma abertura agressiva.
"Para que isso funcione, devemos ter 90% das pessoas usando máscaras em público nas áreas com mais pontos" (de contágio), afirmou Giroir.
"Se não conseguirmos isso, não teremos o controle do vírus. É absolutamente essencial", completou.
Os comentários foram feitos um dia depois do presidente Donald Trump, que minimiza o uso de máscaras, ter aparecido com uma pela primeira vez em público.
Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças, uma instituição federal, pedem o uso generalizado de máscaras desde abril.
No fim de semana, vários estados do país registraram novos recordes de contágios. Durante a semana, sete estados contabilizaram números diários recordes de mortes provocadas pela COVID-19.
Giroir disse que as autoridades esperam que o número de mortes aumente nas "próximas duas, três semanas, antes que a situação se reverta".
Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pela pandemia, com mais de 134.000 mortos e mais de 3,2 milhões de casos.
As UTIs de muitos hospitais do país trabalham perto do limite de sua capacidade.
Giroir enfatizou, no entanto, avanços no combate à pandemia, com mais testes e a disponibilidade de novos tratamentos.
Ele disse que o governo se prepara para um período de desafio no outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), por uma possível nova onda de COVID-19 em conjunto com a gripe sazonal.
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