INTERNACIONAL

EUA aumenta pressão contra China em defesa da autonomia de Hong Kong

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (26) que irá restringir a entrada de funcionários chineses acusados de ameaçar a autonomia de Hong Kong, em um momento em que o Congresso americano busca endurecer as sanções contra Pequim

AFP
27/06/2020 às 00:15.
Atualizado em 27/03/2022 às 00:25

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (26) que irá restringir a entrada de funcionários chineses acusados de ameaçar a autonomia de Hong Kong, em um momento em que o Congresso americano busca endurecer as sanções contra Pequim.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, informou em comunicado que haverá uma restrição de vistos para autoridades chinesas responsáveis por "minar as liberdades de Hong Kong".

Além disso, Pompeo acusou Pequim de não honrar os compromissos assumidos quando o antigo território colonial britânico passou a fazer parte da China, em 1997.

"Os Estados Unidos instam a China a honrar seus compromissos e obrigações, segundo a declaração conjunta sino-britânica", assinalou Pompeo, pedindo que Pequim proteja a "liberdade de expressão e de reunião pacífica".

As famílias dos funcionários afetados também serão incluídas nas restrições, de acordo com o comunicado.

Um porta-voz do Departamento de Estado não quis informar quantas pessoas serão afetadas e se todas elas terão proibição total de entrada nos Estados Unidos.

"Os indivíduos sujeitos a esta restrição de visto serão avaliados para a sua elegibilidade, ajustando-se aos critérios desta política, e seu visto poderá ser recusado", indicou.

O anúncio é feito no momento em que a China busca aprovar uma lei de segurança para endurecer as punições por atividades consideradas subversivas, depois que no último ano Hong Kong passou por inúmeros protestos contra o poder de Pequim em seu território.

Segundo ativistas, esta lei acabaria com as liberdades que fazem de Hong Kong um dos principais centros financeiros do mundo.

"Exortamos os americanos a corrigir imediatamente seus erros, eliminar estas medidas e parar de interferir nos assuntos internos chineses", reagiu a embaixada da China nos Estados Unidos.

"A China vai continuar tomando medidas fortes para assegurar a soberania nacional, a segurança e o desenvolvimento de seus interesses", continuou um comunicado.

O anúncio de Pompeo ocorre um dia depois de o Senado americano aprovar uma lei para sancionar funcionários públicos chineses que socavem a autonomia de Hong Kong.

O projeto, que agora deve ser votado pela Câmara dos Representantes, permite sanções nos Estados Unidos contra funcionários chineses e a polícia de Hong Kong, bem como contra os bancos que realizam transações com os mesmos.

Para os defensores da lei, a normativa busca impor sanções reais, em vez de condenações sem consequências.

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