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EUA acusa China de tentar roubar investigações de vacinas COVID-19

Autoridades dos Estados Unidos alertaram nesta quarta-feira (13) que hackers chineses tentaram roubar dados sobre tratamentos e vacinas contra o coronavírus, acirrando a controvérsia entre Washington e Pequim sobre a pandemia

AFP
14/05/2020 às 17:26.
Atualizado em 30/03/2022 às 01:03

Autoridades dos Estados Unidos alertaram nesta quarta-feira (13) que hackers chineses tentaram roubar dados sobre tratamentos e vacinas contra o coronavírus, acirrando a controvérsia entre Washington e Pequim sobre a pandemia.

O FBI e a agência de segurança cibernética americana informaram que as organizações que investigam a COVID-19 correram o risco de serem alvo de ações da China.

Alertaram que especialistas em cibernética associados a Pequim tentaram apreender "propriedade intelectual valiosa e dados públicos relacionados a vacinas, tratamentos e testes de redes e funcionários relacionados à pesquisa COVID-19".

"As tentativas da China dirigidas a esses setores representam uma ameaça significativa à resposta de nossas nações à COVID-19", informaram as entidades sem dar exemplos ou evidências de suas alegações.

Mas o alerta foi adicionado à crescente discussão entre as superpotências sobre o surto que eclodiu na China no final do ano passado e matou pelo menos 293.000 pessoas, 80.000 delas nos Estados Unidos.

O presidente americano, Donald Trump, acusou a China de esconder a origem do vírus e de não cooperar com os Estados Unidos ou outros países nos esforços para controlar a doença.

Questionado na segunda-feira sobre relatos que indicam que Washington acredita que os hackers chineses estavam atentos às pesquisas dos Estados Unidos sobre uma vacina, Trump respondeu: "O que mais há de novo? Diga-me. Não estou feliz" com a China.

O alerta desta quarta-feira também destacou que Washington acredita que a China tem aplicado amplos esforços para obter segredos comerciais tecnológicos dos Estados Unidos de todas as formas possíveis, impulsionada pelo objetivo do presidente Xi Jinping de tornar seu país um líder em tecnologia nesta década.

Em fevereiro, quatro soldados chineses foram processados pelos Estados Unidos por suspeitas de invadir a agência de classificação de crédito Equifax e apreender os dados pessoais de 145 milhões de americanos.

Os Estados Unidos acusaram recentemente vários acadêmicos, chineses e americanos, de crimes relacionados a essa suposta tentativa.

O Departamento de Justiça anunciou na segunda-feira a prisão de um professor da Universidade de Arkansas por esconder seus laços com o governo e as universidades chinesas enquanto trabalhava em projetos financiados pela Nasa.

Nesse dia, também um professor da Universidade Emory, em Atlanta, se declarou culpado de fraude fiscal em um caso focado em pagamentos recebidos secretamente da China.

O republicano Marco Rubio, membro do Comitê de Inteligência do Senado, disse que esses casos adicionados à crise do coronavírus forçaram a China a mudar de tática.

Pequim "aumentou os esforços para invadir as instituições médicas americanas para obter informações sobre a COVID-19", declarou.

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