Estados Unidos e Canadá começaram a imunizar seus cidadãos contra a Covid-19, que segue avançando, principalmente na Europa, onde soa o alarme em países como Grã-Bretanha e Alemanha, que aguarda com impaciência a aprovação de uma vacina
Estados Unidos e Canadá começaram a imunizar seus cidadãos contra a Covid-19, que segue avançando, principalmente na Europa, onde soa o alarme em países como Grã-Bretanha e Alemanha, que aguarda com impaciência a aprovação de uma vacina.
O balanço mais recente da AFP com base em números oficiais aponta que, em nível mundial, já houve mais de 1,6 milhão de mortes e mais de 72 milhões de casos do novo coronavírus.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) antecipou para 21 de dezembro a reunião em que deve tomar uma decisão, após pressão da Alemanha, que espera a aprovação da instituição continental para iniciar a vacinação.
O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, pediu na segunda-feira à noite a aceleração do processo. Depois de superar com bastante eficiência a primeira onda do coronavírus, o país está sendo muito afetado neste segundo momento. "O objetivo é ter uma autorização antes do Natal. Queremos começar a vacinar antes do fim do ano", afirmou Spahn, em referência à vacina do laboratório americano Pfizer e da alemã BioNTech.
As publicações "British Medical Journal (BMJ)" e "Health Service Journal (HSJ)" advertiram hoje que o plano oficial britânico para permitir reuniões limitadas no Natal é "um grande erro" e sobrecarregaria o Serviço Nacional de Saúde. "O Reino Unido deveria seguir os exemplos mais cautelosos da Alemanha, Itália e Holanda", indicaram.
A campanha de vacinação britânica não impediu que Londres e áreas do sudeste da Inglaterra entrassem no alerta de terceiro nível ontem, com hotéis, pubs e restaurantes fechados devido a um "aumento exponencial" dos casos de Covid-19.
- Máscara por muito tempo -
A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, sigla em inglês) americana divulgou nesta terça-feira um relatório otimista sobre a vacina do laboratório americano Moderna, antes de uma reunião de especialistas para examinar a aprovação da mesma. O objetivo dos Estados Unidos é vacinar 20 milhões de pessoas até o fim do ano e 100 milhões até março de 2021.
A FDA também autorizou hoje o primeiro teste de Covid-19 para ser feito em casa, que pode ser comprado sem receita e apresenta o resultado em cerca de 20 minutos.
O imunologista Anthony Fauci alertou que, apesar da vacinação, as pessoas devem continuar usando máscara e respeitando o distanciamento físico durante os próximos meses. Já o presidente eleito, Joe Biden, 78, anunciou que irá se vacinar em público. "O Dr. Fauci recomenda que eu me vacine mais cedo do que tarde", declarou.
O Canadá também iniciou a vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira, assim como Abu Dhabi, cinco dias depois da aprovação dos Emirados Árabes à vacina do grupo chinês Sinopharm. E a Jordânia foi o país mais recente a aprovar a vacina Pfizer/BioNTech, que também já havia sido autorizada por Singapura, Barein, Arábia Saudita, México e Reino Unido.
Na região América Latina e Caribe, a situação também é alarmante, com 472.868 mortos e 14.104.251 infectados. O país mais afetado é o Brasil, segundo do mundo com mais óbitos.