A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém será fechada ao público a partir de segunda-feira para conter a disseminação do novo coronavírus, uma iniciativa excepcional anunciada pelo Waqf, o órgão que administra os locais sagrados muçulmanos na Cidade Santa
A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém será fechada ao público a partir de segunda-feira para conter a disseminação do novo coronavírus, uma iniciativa excepcional anunciada pelo Waqf, o órgão que administra os locais sagrados muçulmanos na Cidade Santa.
É a primeira vez desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, que este lugar sagrado para o Islã fecha suas portas aos fiéis por decisão de Waqf, disse à AFP o diretor da mesquita de Al-Aqsa, o xeique Omar Al Kiswan.
Israel, cujas forças de segurança controlam todo o acesso à esplanada, já fechou esse local nos últimos anos devido à violência.
De acordo com um comunicado da Waqf divulgado neste domingo, a esplanada será fechada "temporariamente atendendo recomendações religiosas e médicas", acrescentando que somente funcionários podem entrar e orar fora das mesquitas, acrescenta.
O Monte do Templo abriga a Cúpula da Rocha e a Mesquita Al-Aqsa e é o terceiro lugar sagrado para o Islã, depois de Meca e Medina.
É administrado pelo Waqf em Jerusalém, uma organização que, por razões históricas, depende da Jordânia.
Após a propagação da epidemia, a mesquita Al-Aqsa havia sido fechada recentemente pelo Waqf, mas os fiéis foram autorizados a rezar ao ar livre, na esplanada localizada em Jerusalém Leste, a parte oriental da cidade ocupada por Israel desde 1967.
Segundo um último balanço do Ministério da Saúde, em Israel há 1.071 infectados por coronavírus e um morto.
A Autoridade Palestina anunciou que há 57 infectados na Cisjordânia, território ocupado por Israel.
Na Faixa de Gaza foram registrados pelo menos dois casos da Covid-19.
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