A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social declarou que o prédio do antigo Colégio Lúdico no bairro Castelinho cumpre todos os requisitos para abrigar o centro pop, no entanto, não há nada resolvido
Euclidia Fioravante, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Guilherme Leite)
A procura por um local adequado onde será instalado o Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) ainda continua. Pelo menos é o que afirmou Euclidia Fioravante, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) aos vereadores em audiência pública realizada na segunda-feira (10). "O local ainda não foi decidido".
A mudança era uma grande preocupação dos moradores do bairro Castelinho. Os moradores do entorno do endereço ventilado não viam com bons olhos a ideia, que impactaria de imediato a sensação de qualidade de vida na região.
Euclidia respondeu aos questionamentos de vereadores e de moradores do bairro Castelinho, seguindo o protocolo da audiência convocada por Pedro Kawai (PSDB), que propôs o debate por meio do requerimento 572/2023.
Ele questionou o motivo da escolha do Colégio Lúdico e se foi realizado um Estudo de Impacto de Vizinhança, previsto no artigo 148 do Plano Diretor. "Afinal de contas, o bairro é predominantemente residencial. Essa é a grande discussão da questão da instalação do Centro POP", afirmou.
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social declarou que o prédio do antigo Colégio Lúdico no bairro Castelinho cumpre todos os requisitos para abrigar o centro pop, no entanto, não há nada resolvido.
Ela explicou ainda que por está na fase de implantação do serviço, vários imóveis estão sendo estudados. "Quando nós resolvermos, vamos ter um estudo de impacto e conversar com a população", disse.
O presidente da Associação do Castelinho, Fabricio Ricardo Bassa, questionou se existe um mapeamento das pessoas em situação de rua no bairro. Já os moradores, questionaram como ficará a segurança, se há possibilidade da instalação do Centro POP em prédios de outros bairros e o motivo de escolher o local para depois realizar o estudo de impacto.
Os vereadores Rerlison Rezende (PSDB), o Relinho, Gilmar Rotta (PP), e o presidente da Câmara, Wagner Oliveira (Cidadania), participaram da audiência pública e se manifestaram contrários à implantação. Eles ponderaram que os moradores não querem o Centro POP no Castelinho, que o bairro não é o local ideal para a instalação dessa política pública e que existe outra mais adequada para atender à população de rua.
Josef Borges (SD) declarou que a vontade da população tem peso maior e tudo será resolvido no diálogo.
Centro POP
No início da audiência pública, Euclidia Fioravante apresentou informações sobre o aumento de procura pelo Centro POP por pessoas em situação de rua que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas e, por isso, a demanda urgente da criação de um programa que articule os serviços existentes na rede municipal e a implantação de um espaço de cuidado e tratamento em consonância com as prerrogativas do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
"Por se tratar de uma política pública, o serviço vai ter que acontecer em algum lugar", concluiu Euclidia.