A pandemia de coronavírus evolui de forma desigual na Europa, entre a flexibilização de algumas restrições nesta segunda-feira (8) no Reino Unido, onde parte dos estudantes voltaram às salas de aula, ou mesmo na Alemanha, e o endurecimento de medidas em outros países, como na Hungria e Finlândia
A pandemia de coronavírus evolui de forma desigual na Europa, entre a flexibilização de algumas restrições nesta segunda-feira (8) no Reino Unido, onde parte dos estudantes voltaram às salas de aula, ou mesmo na Alemanha, e o endurecimento de medidas em outros países, como na Hungria e Finlândia.
As crianças inglesas voltaram nesta segunda às aulas, primeira etapa de uma saída gradual de um terceiro confinamento introduzido no país em janeiro, mais rígido que o anterior, para conter a disseminação de uma nova variante mais contagiosa da covid-19 que apareceu em Kent.
A crianças de 5 a 11 anos foram as primeiras a reencontrar seus professores, antes dos alunos do ensino fundamental e médio.
Graças à sua grande campanha de vacinação - 22 milhões de primeiras doses injetadas - Londres relaxou as regras muito rígidas que afetam a vida social. Agora é possível encontrar alguém para tomar um café ou fazer um piquenique, por exemplo, antes que seja ampliado para seis pessoas no final do mês.
A reabertura de lojas não essenciais e áreas externas de pubs e restaurantes está prevista para 12 de abril, antes do levantamento de todas as restrições no dia 21 de junho.
Na Alemanha, algumas restrições também foram levantadas: livrarias, floriculturas e autoescolas - já reabertas em alguns Länder - foram novamente autorizadas a receber clientes em todo o país.
Mas outros Estados estão reforçando os controles. Na Finlândia, novas restrições entraram em vigor nesta segunda, incluindo o fechamento de bares e restaurantes. O mesmo ocorre na Hungria, que enfrenta o ressurgimento da epidemia, onde as escolas e a maioria das lojas tem de fechar as portas.
Na França, parte do norte do país viveu seu primeiro fim de semana de confinamento, uma medida de quatro semanas com o objetivo de combater a propagação da variante britânica particularmente virulenta nesta região.
O cansaço e mesmo a raiva contra as medidas restritivas exigem extrema cautela dos governos, divididos entre a necessidade de conter a epidemia e o indispensável consentimento da população.
Nesse contexto, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, deve anunciar nesta segunda-feira se seu governo prorrogará ou não as medidas em vigor, incluindo um toque de recolher após 18h, que foi a causa de distúrbios no país.
Na Grécia, um controle policial das medidas de confinamento na periferia de Atenas, cujo vídeo foi veiculado nas redes sociais, provocou incidentes no domingo entre moradores e policiais, que acabaram dispersando várias centenas de pessoas usando gás lacrimogêneo.
A Promotoria de Atenas ordenou nesta segunda-feira uma investigação preliminar do caso para "examinar possíveis atos criminosos perpetrados por policiais", enquanto as forças de ordem abriram uma investigação interna.
Em contraste impressionante, Israel voltou a uma vida quase normal neste fim de semana, graças às novas medidas de desconfinamento.
"É um grande dia, abrimos os restaurantes com o passaporte verde, voltamos à vida", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo, sentado na área externa de um café em Jerusalém com o prefeito da Cidade Santa, Moshe Leon.