INTERNACIONAL

Equador chama seu embaixador na Argentina para consultas após declarações de Fernández

O Equador solicitou consultas com seu embaixador na Argentina, Juan José Vásconez, para uma "análise exaustiva das relações", anunciou sua chancelaria nesta quarta-feira(10), após um protesto apresentado por Quito às declarações do presidente Alberto Fernández contra o seu homólogo Lenín Moreno

AFP
10/03/2021 às 21:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:20

O Equador solicitou consultas com seu embaixador na Argentina, Juan José Vásconez, para uma "análise exaustiva das relações", anunciou sua chancelaria nesta quarta-feira(10), após um protesto apresentado por Quito às declarações do presidente Alberto Fernández contra o seu homólogo Lenín Moreno.

"O governo nacional decidiu chamar o embaixador do Equador na Argentina, Juan José Vásconez, para consultas, com o objetivo de proceder a uma análise exaustiva das relações do Equador com o governo do presidente Alberto Fernández e fazer as orientações correspondentes", informou a pasta em uma breve declaração.

O Ministério de Relações Exteriores indicou na manhã desta quarta-feira que Quito apresentou um "enérgico protesto" a Buenos Aires pelas declarações de Fernández contra Moreno, que foram rotuladas como "intervenção em assuntos internos".

O governo equatoriano "rejeitou enfaticamente as expressões do presidente Alberto Fernández, que considera uma intervenção inaceitável nos assuntos internos de outro Estado", afirmou em outro comunicado.

Quando questionado em entrevista recente sobre um possível distanciamento com sua vice-presidente, Cristina Kirchner, Fernández respondeu: "Não sou Lenín Moreno. Quem imaginou isso não me conhece".

"Posso ter divergências com a Cristina. Temos opiniões diferentes sobre algumas coisas, mas aqui cheguei com a Cristina e daqui vou com a Cristina", acrescentou o presidente argentino ao canal CN5 daquele país.

Moreno, que foi vice-presidente de Rafael Correa, mantém forte conflito com o ex-presidente equatoriano, que governou entre 2007 e 2017 e é aliado de Kirchner.

O presidente equatoriano, cujo mandato de quatro anos terminará no dia 24 de maio, foi promovido por Correa, que o descreve como um "traidor".

Suas profundas diferenças mergulharam o partido no poder, no poder há 14 anos, em uma crise.

pld-sp/lda/jc/mvv

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por