Agentes indianos encontraram neste sábado (8) as caixas-pretas do avião com mais de 190 pessoas a bordo que caiu na sexta-feira em um barranco após sair da pista em um perigoso aeroporto no sul da Índia, deixando pelo menos 18 mortos e mais de 120 feridos, incluindo 22 gravemente
Agentes indianos encontraram neste sábado (8) as caixas-pretas do avião com mais de 190 pessoas a bordo que caiu na sexta-feira em um barranco após sair da pista em um perigoso aeroporto no sul da Índia, deixando pelo menos 18 mortos e mais de 120 feridos, incluindo 22 gravemente.
O Boeing 737, com 191 pessoas, entre passageiros e tripulantes, fazia o trajeto entre Dubai e a cidade de Calicute, no estado indiano de Kerala.
Renjith Panangad, um passageiro de 34 anos, contou que o avião tocou a pista e então tudo ficou "branco".
"Depois do acidente, a porta de emergência se abriu e eu rastejei para fora de alguma forma", disse à AFP do leito de um hospital em Calicute.
O ministro da Aviação do país, Singh Puri, visitou neste sábado o local onde caiu o avião e anunciou terem encontrado as caixas-pretas, o que ajudará a esclarecer os motivos do acidente.
Também informou que as autoridades abriram uma investigação sobre o ocorrido.
Entre os mortos estão os dois pilotos da aeronave e quatro crianças.
O aeroporto de Calicute é considerado perigoso, pois a pista termina em um declive acentuado.
A mídia indiana, com base em dados de um site de rastreamento de aeronaves, afirmou que o avião acidentado aparentemente tentou pousar duas vezes e caiu na terceira tentativa em meio a condições climáticas difíceis.
A aeronave partiu em dois.
Motoristas de táxi e comerciantes locais juntaram-se ao pessoal de resgate do aeroporto para ajudar a libertar as pessoas presas na fuselagem no escuro e na chuva.
Várias pessoas a bordo tiveram que ser resgatadas com equipamentos especiais.
Foram necessárias três horas para liberar todos os feridos e os corpos, disseram as autoridades.
"Os moradores correram para o local depois que ouviram o estrondo", contou um socorrista. "As pessoas vieram de carro, trocaram mensagens via WhatsApp (...) sobre o que precisávamos".