INTERNACIONAL

Empresário próximo a Putin reivindica US $ 50 bilhões dos EUA

Um empresário russo próximo a Vladimir Putin e sancionado por Washington por seu papel na interferência de Moscou nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (17) que reivindicará 50 bilhões de dólares em compensação

AFP
17/03/2020 às 11:05.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:57

Um empresário russo próximo a Vladimir Putin e sancionado por Washington por seu papel na interferência de Moscou nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (17) que reivindicará 50 bilhões de dólares em compensação.

Evgueni Prigojin é acusado de estar por trás da agência russa de busca na internet, suspeita de ter lançado várias campanhas de desestabilização ou propaganda nas mídias sociais, incluindo a relacionada às eleições de 2016 nos EUA.

Prigojin e sua empresa, Concord, foram acusados nos Estados Unidos, mas a justiça americana decidiu na segunda-feira retirar as acusações por temer que sejam "demonstradas publicamente" no julgamento, segundo o empresário russo.

"Acredito que o julgamento entre Concord e o governo dos EUA não terminou. No momento, está sendo preparado um julgamento por perseguição ilegal", afirmou o empresário em comunicado, acrescentando que reivindicaria US $ 50 bilhões em compensação financeira.

Em comunicado, o departamento de Justiça dos Estados Unidos explicou que "a acusação da Concord, uma empresa russa ausente nos Estados Unidos e que não pode estar sujeita a uma penalidade significativa em caso de condenação, não favorece nem os interesses da justiça nem da segurança da nação".

Segundo a mídia americana, a Concord usou esse julgamento para acessar os elementos do arquivo, colocando potencialmente em risco as fontes do governo dos Estados Unidos neste assunto explosivo e justificando a paralisação dos procedimentos.

Evgueni Prigojin foi indiciado junto com outros doze russos e três entidades (incluindo Concord) em fevereiro de 2018 por interferência nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, depois de uma longa investigação pelo promotor especial responsável por este caso, Robert Mueller.

Prigojin também é acusado de estar vinculado ao grupo de mercenários Wagner, cujos homens servem principalmente como reforços para o exército russo na Síria e na Líbia, e também estão presentes em vários países da África, segundo a imprensa russa e internacional.

tbm/pop/mig/mab/mar/aa

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