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Empresa não tinha autorização para operar há mais de um ano

A empresa Star Fretamento e Locação, proprietária do ônibus que se envolveu em acidente com 41 mortes, na manhã de ontem em uma rodovia de Taguaí, interior de São Paulo, não tinha autorização para operar

Estadão Conteúdo
26/11/2020 às 07:29.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:31

A empresa Star Fretamento e Locação, proprietária do ônibus que se envolveu em acidente com 41 mortes, na manhã de ontem em uma rodovia de Taguaí, interior de São Paulo, não tinha autorização para operar. A informação é da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). "A empresa não possui registro para transporte de passageiros e roda ilegalmente desde 11 de outubro de 2019", disse o órgão.

Criada em 2016, a empresa era considerada clandestina pela agência reguladora. O ônibus envolvido no acidente, com placas DJC-8811, tinha um histórico de multas e autuações. Por estar com IPVA, licenciamento e seguro atrasados, o veículo não poderia sequer estar em circulação.

Conforme a Artesp, em 3 de março deste ano, a Star foi multada por fretamento irregular na Rodovia Raposo Tavares, próximo ao km 296, em Avaré, quando levava 30 estudantes da cidade de Fartura para faculdades da cidade vizinha.

O veículo foi recolhido após a retirada dos passageiros. "No mesmo dia, uma nova multa foi aplicada à empresa, por transportar irregularmente 43 estudantes com a mesma origem e destino. Dois dias depois, a empresa recebeu nova autuação por fretamento irregular na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), próximo ao km 372, em Ourinhos, quando teve dois veículos autuados, retidos e realizado o transbordo dos 15 passageiros", descreveu a Artesp.

A reportagem entrou em contato com a Star Turismo, mas todos os telefones estavam indisponíveis. A página da empresa na rede social Facebook foi removida.

A maioria das vítimas do acidente com o ônibus de funcionários trabalhava na confecção Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, em Taguaí.

O advogado da empresa, Emerson Fernandes, disse que o ônibus usado no transporte havia sido contratado diretamente pelos trabalhadores, sem interferência da empresa. Eles recebiam vale-transporte e se deslocavam até o trabalho por conta própria. Em sua página no Facebook, a empresa Stattus Jeans expressou luto e prestou homenagem às vítimas e seus familiares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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