Empresa entrega em abril o novo prédio da Pinacoteca

Técnico da empresa Orion Construções, responsável pela reforma e adaptação do Barracão 14 A do Engenho Central, onde será instalada a pinacoteca "Miguel Archanjo Benício D' Assumpção Dutra", disse que a previsão de entrega do novo espaço à prefeitura é para o início de abril. "Em uma semana e meia tudo deve estar terminado", afirmou. Após a conclusão da construção civil, que consumiu R$ 1.144.798,92 do tesouro municipal, ainda faltam a parte elétrica e a instalação de ar-condicionado, entre outros serviços. 

A obra foi iniciada no primeiro semestre do ano passado, a partir de projeto desenvolvido pelo arquiteto Marcelo Guidotti e tinha o prazo de 180 dias para ser realizada. A nova Pinacoteca deve contar com sala e mezanino para exposições, elevador panorâmico, acervo de obras de arte com controle térmico e de umidade, arquivo e sala de restauro das obras, oficina de artes, área de exposição externa, espaço café e área administrativa.

De acordo com a prefeitura, o espaço café e a área de exposição externa vão garantir também a socialização dos visitantes e, consequentemente, cumprir com o objetivo de ocupação cultural do Engenho Central. Com a oficina de artes, novos talentos poderão ser desenvolvidos e conhecidos pelo público.

O projeto, desenvolvido e doado pelo arquiteto Marcelo Guidotti, visa proporcionar novas experiências aos visitantes e maior visibilidade aos artistas, com acessibilidade e valorização do patrimônio histórico e cultural que é o Engenho Central, por onde, estima-se, cerca de 5.000 pessoas circulam nos fins de semana.

"É o começo de uma história, de um projeto muito grandioso. Esperamos, ao longo do tempo, conseguir fazer todos os restauros necessários e dar mais vida ao Engenho Central, para que as pessoas passem a interagir com esse local. A ideia é tornar o que sempre foi, o coração de Piracicaba, mas de forma mais pujante", afirmou o prefeito Luciano Almeida na ocasião em que o projeto da nova pinacoteca foi apresentado à imprensa.

Mangueiras de Hidrantes

Durante os dois anos de governo Luciano Almeida já foram furtados pelo menos 36 jogos de mangueiras de hidrantes, no valor médio de R$ 1.300,00 cada, o que representa um prejuízo de R$ 46.800,00 aos cofres públicos no período. Esse cálculo considera apenas o que aconteceu no Engenho Central, segundo a administração do local. "Há ainda os furtos que acontecem em outros espaços de cultura da cidade, que não devem ser diferentes daqui", observaram os técnicos.

Segundo eles, os criminosos roubam tudo para comercializar apenas a parte de metal, que vendem por quilo. "Por isso fomos obrigados a retirar todas as mangueiras das caixas de incêndio, espalhadas pela área externa do engenho, e guardá-las em um local seguro, na baia de manutenção. Em caso de necessidade, elas são instaladas imediatamente. Esta foi inclusive a orientação dos profissionais do Bombeiros que fizeram o AVCB do parque".

Como as caixas de incêndios não podem ser fechadas com trava de segurança, as mangueiras ficariam sempre vulneráveis aos criminosos. "Tem que haver uma mudança na legislação para isso", disse o técnico de segurança do Engenho. "Se o Metrô de São Paulo pode manter as mangueiras em local seguro, com trava, porque nós não podemos?"