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Emprego volta a cair nos EUA e desempregados esperam mais auxílios

O desemprego voltou a crescer nos Estados Unidos, com inscrições maiores do que o esperado para os subsídios disponíveis na semana passada, em um momento em que aqueles que perderam seu trabalho voltam a enfrentar dificuldades após o fim de um plano de auxílio

AFP
20/08/2020 às 14:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:02

O desemprego voltou a crescer nos Estados Unidos, com inscrições maiores do que o esperado para os subsídios disponíveis na semana passada, em um momento em que aqueles que perderam seu trabalho voltam a enfrentar dificuldades após o fim de um plano de auxílio.

Os pedidos de seguro-desemprego voltaram a subir na semana passada, ultrapassando novamente a faixa do milhão, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho.

De 9 a 15 de agosto, 1,1 milhão de pessoas pediram esses auxílios, um número maior do que o esperado pelos especialistas (990.000).

Na semana anterior, o número de pedidos havia ficado abaixo de um milhão pela primeira vez desde o início de março, com 971.000 inscritos, segundo os dados revisados para cima.

Um total de 14,8 milhões de pessoas pediram seguro-desemprego durante a semana do 2 ao 8 de agosto.

Trata-se do "nível mais baixo desde abril", o que dá a entender "que houve recontratações, o que é animador", destacaram os analistas da Oxford Economics em nota.

No entanto, este nível "continua sendo extraordinariamente alto, mais que o dobro do máximo da Grande Recessão" de 2009 e "o mercado de trabalho está longe de recuperar a saúde", observaram.

Ao acumular os subsídios pagos pelo governo federal, por cada um dos 50 estados e por autoridades locais, o número de beneficiados era, no final de julho, um pouco maior do que 28 milhões de pessoas, segundo dados publicados duas semanas depois.

Os desempregados enfrentam desde o início de agosto a perda de um auxílio essencial de 600 dólares por semana, benefício aprovado no final de março pelo governo de Donald Trump e pelo Congresso como parte de um pacote de estímulo econômico maciço.

A Casa Branca e os democratas no Congresso concordaram em estender o auxílio, mas ainda não chegaram a um acordo para determinar o valor do novo subsídio.

O presidente Trump assinou uma ordem executiva para uma extensão temporária deste auxílio com um valor reduzido de no máximo 400 dólares - 300 dólares pagos pelo governo federal e 100 dólares por cada estado.

Cada governo estadual é livre para participar ou não deste programa. Dakota do Sul, por exemplo, se recusou a fazer parte.

O desemprego "diminuiu um pouco e continuará" diminuindo, disse o conselheiro econômico de Trump, Larry Kudlow, nesta quinta-feira à imprensa.

O índice de desemprego era de 10,2% em julho nos Estados Unidos. Alguns desempregados não recebem subsídios desde o final de julho.

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