CIESP REGIONAL

Emprego na Indústria tem a primeira queda no ano

Em Piracicaba e na região, foram perdidas 20 vagas no mês de maio

Adriana Ferezim
17/06/2018 às 00:40.
Atualizado em 19/04/2022 às 02:32

Segunda-feira, 18 de junho de 2018 O resultado do mês de maio para o emprego na Indústria de Piracicaba foi negativo em 20 postos de trabalho, com redução de 0,05%, ante a abril. O setor que mais contribuiu para a primeira redução do ano foi o de Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos, que continua sofrendo as consequências da paralisação da atividade econômica nacional. Os setores que exportam continuaram com resultado positivo, mas não geraram muitos empregos. Os dados foram divulgados, na última sexta-feira (15), com base na Pesquisa Nível de Emprego Industrial do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que analisou como preocupante, mas previsível, o resultado do mês, que está pior que maio de 2017, quando o resultado foi positivo em 1,07%, e, no entanto, melhor no acumulado do ano, comparado ao ano passado. "Neste ano, de janeiro a maio, o saldo é positivo em 1.550 empregos, com índice 3,37% e, nos 12 meses, ficamos zerados. No acumulado do ano de 2017, o saldo era melhor com 4,79% e dois mil postos de trabalho, mas nos 12 meses era negativo em 2,98%, com menos 1.350 empregos", afirmou Fábio Vitti, diretor-titular do Ciesp Piracicaba. Para os próximos meses, com a realização da Copa do Mundo e das eleições Vitti avaliou que o cenário não vai mudar, mas ressaltou que o empresário passou para mais pessimista em relação à retomada da economia e não fará investimentos e, consequentemente, novas contratações estão suspensas. "A paralisação dos caminhoneiros também prejudicou todos os setores e, infelizmente, a conta quem vai pagar é a população que já sofreu com o desabastecimento. No Congresso Nacional, tudo está parado, não se decide mais nada. Só está sendo beneficiado o especulador, com a alta do dólar e suas variações. O mercado está em estado de espera, porque houve mais uma revisão para baixo do PIB (Produto Interno Bruto) que era de 3% e caiu para 1,5%", comentou. Vitti ressaltou, ainda, que há um apelo pelo spread bancário, mas entre se endividar para fazer um investimento ou aguardar, o empresário vai esperar, porque não tem certeza de que conseguirá um retorno com a aquisição de novos equipamentos", disse. O gerente-regional do Ciesp Piracicaba, Homero Scarso, afirmou que continuam bem apenas as empresas que atuam na Exportação. "A maioria das que estão em dificuldade não se preparou para exportar. São fornecedoras de Indústrias para o mercado nacional, ou no máximo, nosso melhor parceiro a Argentina, que também está em uma situação econômica difícil. Como as grandes obras estão paradas no País e há uma inércia do governo, quem está menos competitivo passa por mais dificuldades", comentou. Entre as 36 Regionais do Ciesp, a de Piracicaba que abrange oito municípios, está em uma situação quase intermediária. Ocupa a 20ª colocação. As três melhores foram: Araçatuba (1,04%), Limeira (0,96%) e Indaiatuba (0,79%). E as três piores foram: Jaú (-6,36%), Franca (-3,21%) e Santos (-1,46%). Estado De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a indústria paulista encerrou maio com o fechamento de 3,5 mil postos de trabalho, queda de -0,16% frente a abril na série sem ajuste sazonal. Porém, no acumulado do ano, o saldo ainda segue positivo, com 28,5 mil vagas (+1,33%). Com o ajuste sazonal, o resultado para o mês também ficou negativo, (-0,27%).

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