MENOS 350 POSTOS

Emprego na Indústria continua em queda

A tendência é de que cenário permaneça inalterado até o final do ano

Adriana Ferezim
16/09/2016 às 11:43.
Atualizado em 28/04/2022 às 04:40
Álvaro Vargas comentou que os empresários estão voltando a ser otimistas  (Del Rodrigues)

Álvaro Vargas comentou que os empresários estão voltando a ser otimistas (Del Rodrigues)

A Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) divulgou, nesta quinta-feira (15), o resultado do nível de emprego industrial na região de Piracicaba, que compreende nove cidades. A queda em agosto, comparada a julho, foi de 0,75%, com o corte de cerca de 350 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de menos 7,09%, com o fechamento de 3.350 vagas. Neste ano, a diminuição é de 1.750 postos de trabalho, (-3,99%). A tendência na região é que a queda do emprego ainda permaneça até o final do ano com o fim da safra da cana-de-açúcar. “Teremos os cortes sazonais que são relacionados à safra e que são comuns na nossa região. Elas têm início em outubro e ocorrem até dezembro. Não são ocasionadas por causa da crise, diferente do que ocorre com as outras indústrias”, afirmou Álvaro Vargas, diretor-titular do Ciesp Piracicaba. Sobre a crise econômica do País, Vargas comentou que os empresários estão voltando a ser otimistas e a expectativa é que as demissões parem. “Ainda não teremos contratações, mas os setores que estão fechando postos de trabalho deverão estancar as demissões”, disse. Em agosto, os setores produtivos mais afetados com o fechamento de postos de trabalho foram os de produtos alimentícios (-2,23%) de máquinas e equipamentos (-1,75%) de impressão e reprodução de gravações (-4,35%). A Diretoria Regional de Piracicaba do Ciesp ficou na 24ª posição entre as 35 diretorias do Estado. São José dos Campos foi a melhor com saldo positivo de 1,25% e a pior foi Santo André, com menos 6,37%.  “A percepção empresarial era a pior dos últimos 30 anos. Agora, o novo governo está definindo medidas que, se aprovadas no congresso, começam a reduzir o pessimismo. Há incentivos às parcerias público-privadas (PPP) e investimentos externos que podem chegar a US$ 50 bilhões para infraestrutura. O Brasil precisa de portos, vias férreas, rodovias, linhas de transmissão elétrica, dar emprego aos jovens e pode captar esses recursos com empresários estrangeiros. O que faltava era a credibilidade no cumprimento dos contratos. A retomada da Economia será gradativa e temos potencial para crescer 4% a 4,5% ao ano no PIB, mas isso deve começar a ocorrer em cinco anos”, comentou. Exportação reage As Indústrias que produzem bens para exportação tiveram um resultado positivo no nível de emprego, em agosto. São elas: dos setores de veículos automotores e autopeças (0,04%), produtos químicos (1,08%), celulose, papel e produtos de papel (1,05%). "A Indústria automotiva passou a exportar, fez adaptações para ganhar o mercado externo. Isso se reflete na cidade, que tem diversas empresas no setor de autopeças", comentou Álvaro Vargas, diretor titular do Ciesp Piracicaba. Na comparação entre os meses de agosto de 2015 e de 2016, o estudo do Ciesp indica que o resultado deste ano é melhor, com menos 0,75%. No ano passado, o mês foi negativo em 3,66%.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por