Emoção na estreia da Paixão de Cristo de Piracicaba

Terça-feira, 16 de abril de 2019 “Ouvir a plateia aplaudindo fortemente o espetáculo, no encerramento, é sinal de que o trabalho foi bem feito. Afinal, emocionar duas mil pessoas não é tarefa fácil. Estou muito orgulhoso desse retorno do público na noite de estreia", afirmou o diretor Marcos Thadeus, na estreia da 30ª edição da Paixão de Cristo de Piracicaba, que aconteceu no último domingo (14), no Engenho Central. As apresentações continuarão durante todas as noites desta semana, até o Domingo de Páscoa (21), sempre às 20 horas. Na Sexta-feira Santa (19), ocorrerá uma sessão extra, às 17 horas. Realizada pela Associação Cultural e Teatral Guarantã, em uma co-produção com a Prefeitura de Piracicaba, em três décadas, nunca deixou de ser apresentada na cidade. Centrada na Epopeia Bíblica e narrando os últimos dias de Jesus Cristo na Terra, o espetáculo piracicabano é uma das maiores montagens cênicas do País. Nesta edição, a encenação, que acontece em uma antiga Usina de Açúcar localizada às margens do Rio Piracicaba, transcorre por 56 atos e está mais dinâmica. A peça teatral tem duração de uma hora e 45 minutos. O elenco é composto por 220 atores, porém, possui mais de 300 pessoas contando com as equipes técnica e de produção. Além de cenas inéditas, outros destaques da encenação são os sistemas de acessibilidade criados para integrar o público ao espetáculo como a áudio-descrição e a participação de uma interprete de Libras, além das rampas de acesso à arquibancada para cadeirantes e idosos, que possuem espaço reservado. "Pelo segundo ano, disponibilizamos equipamentos que permitem, aos deficientes auditivos e visuais, assistirem integralmente ao espetáculo. Isso é possível com o suporte de equipamentos específicos e profissionais especializados", explicou Harlei Mariano Souza Júnior, presidente da Associação Cultural e Teatral Guarantã. O espetáculo Retratando uma verdadeira cidade cenográfica e tudo à céu aberto, a montagem acontece em um espaço de oito mil metros quadrados. A história transcorre por meio de cenas simultâneas, encenadas para permitir ao público uma completa visibilidade de todos os palcos onde se desenvolvem os atos. Acomodado em uma arquibancada com capacidade para mais de 2,5 mil pessoas, no decorrer da apresentação o espectador sente-se envolvido pelo clima do espetáculo, num realismo obtido graças aos inúmeros efeitos cênicos e técnicos. A dramaticidade da trilha sonora, juntamente com os recursos utilizados, tais como carruagens, bigas, soldados e artistas circenses, remete o espectador à própria época. A produção do espetáculo é de Anelisa Ferraz. Acessibilidades auditiva e visual As apresentações com audiodescrição serão no feriado da Sexta-feira Santa (19), nas duas sessões: às 17 horas e às 20 horas, com narrador instalado em uma cabine de isolamento acústico. Já as sessões com intérpretes de Libras estão programadas para os dias 18, 19, 20 e 21, sempre às 20 horas.