O embaixador da Rússia nos Estados Unidos deixará o país no sábado, convocado pelas autoridades de Moscou, depois que o presidente americano, Joe Biden, chamou o colega Vladimir Putin de "assassino"
O embaixador da Rússia nos Estados Unidos deixará o país no sábado, convocado pelas autoridades de Moscou, depois que o presidente americano, Joe Biden, chamou o colega Vladimir Putin de "assassino".
"Em reuniões no ministério das Relações Exteriores e em outros organismos serão examinadas as maneiras de corrigir a relação Rússia-EUA atualmente em crise", escreveu em sua página do Facebook a embaixada russa nos Estados Unidos.
De acordo com a representação diplomática, as "declarações imprudentes de autoridades americanas correm o risco de provocar o colapso de relações já conflituosas".
A diplomacia russa explicou que convocou para consultas o seu embaixador em Washington, Anatoli Antonov, depois das declarações de Biden.
Em entrevista à rede americana ABC News, Biden foi questionado sobre um relatório da inteligência dos Estados Unidos segundo o qual o presidente russo tentou minar sua candidatura nas eleições de novembro de 2020 e promover a de Donald Trump.
"Logo verão o preço que ele vai pagar", disse Biden.
Questionado se acreditava que Putin, acusado de ordenar o envenenamento do líder da oposição Alexei Navalny e de outros oponentes políticos, é um "assassino", Biden respondeu: "Acho que sim".
O Kremlin não reagiu oficialmente às afirmações.
A convocação para consultas de um embaixador é um fato raro na diplomacia russa.
O presidente da Câmara Baixa russa, Viacheslav Volodin, afirmou que Biden "insultou" todos os russos e "atacou" o país com suas declarações.
Um vice-presidente da Câmara Alta, Konstantin Kosachev, pediu "explicações e desculpas".
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