A eleição dos constituintes que redigirão a nova Carta Magna do Chile será realizada em dois dias, em 10 e 11 de abril, para evitar aglomerações por conta da pandemia, conforme lei aprovada nesta quinta-feira (11) pelo Congresso
A eleição dos constituintes que redigirão a nova Carta Magna do Chile será realizada em dois dias, em 10 e 11 de abril, para evitar aglomerações por conta da pandemia, conforme lei aprovada nesta quinta-feira (11) pelo Congresso.
No mesmo processo, os chilenos também elegerão prefeitos, vereadores e governadores regionais.
O Senado validou por 38 votos a favor, 2 contra e uma abstenção o projeto de lei proposto pelo Executivo para que as eleições ocorram em dois dias ao invés de um, como previsto anteriormente.
Com a iniciativa, o governo busca "evitar aglomerações nas seções eleitorais, considerando o cenário pandêmico", que atualmente se agrava no Chile e acumula 873.512 infecções e 21.362 mortes.
Pelo menos 1.350 candidatos estão concorrendo em 28 distritos em todo o país para preencher os 155 cargos para constituintes - incluindo 17 para povos indígenas. Tanto as listas de candidatos quanto o resultado da convenção constituinte são regidos por um critério de paridade de gênero.
Soma-se ainda a eleição de prefeitos, vereadores e governadores, totalizando mais de 16 mil inscritos.
A decisão de estender as eleições para dois dias se deve ao fato de que os quatro votos a serem emitidos pelos eleitores "vão demandar mais tempo (...) nas urnas e nas circunscrições", disse o Congresso.
A eleição dos constituintes é o próximo passo no processo de elaboração da nova Constituição, decidida no plebiscito de 25 de outubro por 79% dos eleitores, em um processo eleitoral que serviu para canalizar o descontentamento social demonstrado nas ruas do Chile a partir dos protestos de 18 de outubro de 2019.
A nova Carta Magna substituirá a atual herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
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