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El líder de Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicó el martes el secuestro de cientos de estudiantes de secundaria en el noroeste de Nigeria, lejos del habitual feudo de este grupo yihadista, lo que r

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou nesta terça-feira (15) o sequestro de centenas de estudantes de ensino médio no noroeste da Nigéria, longe do habitual feudo deste grupo jihadista, o que revela sua expansão

AFP
15/12/2020 às 12:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:29

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou nesta terça-feira (15) o sequestro de centenas de estudantes de ensino médio no noroeste da Nigéria, longe do habitual feudo deste grupo jihadista, o que revela sua expansão.

"Sou Abubakar Shekau e nossos irmãos estão por trás do sequestro em Katsina", anunciou em uma mensagem de voz o líder do grupo que também está por trás do sequestro em 2014 de mais de 200 meninas em Chibok, caso que provocou uma onda de indignação mundial.

Ao menos 333 adolescentes permanecem desaparecidos desde o ataque na sexta-feira passada contra uma escola no estado de Katsina, noroeste da Nigéria, a mais de 100 quilômetros do território do Boko Haram. Habitualmente, o grupo atua nas proximidades do lago Chade.

Este número de 333 estudantes sequestrados foi dado pelo governador de Katsina e confirmado na segunda-feira por fontes militares, mas não parece definitivo, já que alguns deles podem ter escapado e depois se perdido.

No Twitter, o governador Aminu Bello Masari afirmou que há "negociações" com os sequestradores "para garantir a segurança" dos adolescentes e "permitir seu retorno às suas casas".

Mais de 100 homens armados, em motos, atacaram na sexta-feira à noite a escola rural na cidade de Kankara.

Muitos adolescentes conseguiram fugir e se refugiaram em uma floresta próxima, enquanto outros foram alcançados, separados em vários grupos e levados pelos assaltantes, relataram habitantes ouvidos pela AFP.

Em um primeiro momento, o sequestro foi atribuído a grupos armados, chamados de "criminosos", que aterrorizam a população nesta região instável. Nela, os sequestros para pedidos de resgate são frequentes.

"O anúncio da reivindicação pelo Boko Haram destruiu toda a esperança que tinha de voltar a ver meu filho em breve", disse à AFP um pai de família, que se identificou somente como Ahmed, e que se reuniu com outros pais perto da escola agora vazia.

Muitos especialistas e observadores da região alertaram sobre uma possível aproximação entre esses "bandidos" e os grupos jihadistas que propagam sua influência em toda região do Sahel, desde o centro do Mali até o lago Chade, ao norte do Camarões.

O presidente Muhammadu Buhari condenou o ataque e ordenou o reforço das medidas de segurança em todas as escolas.

Os centros de ensino foram fechados no estado de Katsina.

A Presidência afirmou, no sábado, que o Exército localizou "o refúgio dos bandidos" e que havia uma operação militar em andamento.

A segurança é frágil no norte da Nigéria desde a eleição do presidente Muhammadu Buhari em 2015, apesar de sua declaração de que a luta contra o Boko Haram seria a prioridade de seu mandato presidencial.

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