INTERNACIONAL

Duas décadas de conflitos políticos no Peru

O Congresso do Peru debate, nesta sexta-feira, uma moção para destituir o presidente Martín Vizcarra, ação denunciada como um "golpe de Estado" pelo governo

AFP
11/09/2020 às 14:13.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:11

O Congresso do Peru debate, nesta sexta-feira, uma moção para destituir o presidente Martín Vizcarra, ação denunciada como um "golpe de Estado" pelo governo.

A seguir, uma cronologia da crise política no país andino nas últimas duas décadas:

Em 21 de novembro de 2000, o Congresso destituiu o presidente Alberto Fujimori após 10 anos no poder, alegando atos de corrupção e "incapacidade moral permanente", um dia depois de sua renúncia por fax do Japão.

Fujimori foi condenado em abril de 2009 a 25 anos de prisão por corrupção e violações dos direitos humanos durante seu governo.

O opositor Alejandro Toledo venceu as eleições presidenciais em junho de 2001 e iniciou um mandato marcado por crises.

O país ficou paralisado por semanas de greves em maio e junho de 2003, e Toledo decretou estado de emergência.

Seu gabinete renunciou em junho de 2003. Em dezembro, Toledo exigiu a renúncia de todos os seus ministros para neutralizar um escândalo sexual politicamente prejudicial envolvendo sua primeira-ministra, Beatriz Merino.

Em julho de 2006, o ex-presidente Alan García voltou ao poder, apesar das críticas que recebeu por seu primeiro mandato em 1985-1990, marcado pela hiperinflação, violência da guerrilha e corrupção.

Em outubro de 2008, o gabinete de 13 membros de García renunciou para impedir a aprovação de um voto de censura sobre as concessões à empresa norueguesa Discover Petroleum.

Em junho de 2011, o militar aposentado de esquerda Ollanta Humala venceu por pouco a votação contra Keiko Fujimori, filha do ex-presidente preso.

Tornou-se, assim, o primeiro governante de esquerda no Peru em 36 anos.

O primeiro ano da presidência de Humala foi marcado por dezenas de conflitos sociais que deixaram vários mortos e o levou a declarar estado de emergência três vezes.

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