INTERNACIONAL

Drones, câmeras e faixas etárias: praias espanholas se adaptam ao vírus

Um drone sobrevoa a praia de Lloret de Mar, onde cordas coloridas marcam as faixas reservadas para cada grupo etário

AFP
27/06/2020 às 15:37.
Atualizado em 27/03/2022 às 00:22

Um drone sobrevoa a praia de Lloret de Mar, onde cordas coloridas marcam as faixas reservadas para cada grupo etário. Com a pandemia sob controle, os destinos litorâneos espanhóis estão-se preparando para um verão de convivência com o novo coronavírus.

O objetivo é "encontrar o equilíbrio entre pessoas confortáveis e relaxadas e, ao mesmo tempo, um ambiente seguro", explica Jaume Dulset, prefeito deste município de 37.000 habitantes a 70 quilômetros de Barcelona, na Costa Brava.

Coincidindo com o início do verão e a reabertura das fronteiras espanholas, a prefeitura apresentou um plano para dar tranquilidade aos turistas, depois de alguns meses em que a Espanha se manteve como um foco importante do vírus. O país registrou mais de 28.300 mortes pela COVID-19.

Geralmente cheias no verão, suas principais praias estão agora divididas por faixa etária. Câmeras com sensores detectam o nível de ocupação de cada área, que será comunicado aos cidadãos por um aplicativo.

Também foi reforçado o pessoal municipal para alertar sobre comportamentos inapropriados. Um drone será usado para detectar multidões e alertar, com uma mensagem pré-gravada, sobre a necessidade de se manter distâncias seguras.

As autoridades locais contam também com um sistema para reservar espaços na areia que, no momento, ainda não será iniciado.

"Tomara que tenhamos que começar a usá-lo! Será um problema abençoado", diz o prefeito do município, esperando que, assim como acontece todos os anos, muitos turistas cheguem, principalmente franceses e ingleses.

Por enquanto, este não é o caso.

Sob o sol arrasador do primeiro dia de verão, apenas um pequeno grupo de turistas se acomodava em espreguiçadeiras e toalhas na quilométrica praia principal de Lloret, com capacidade estimada em cerca de 15.000 pessoas.

"Em tempos normais, isso aqui já estaria cheio. Agora, tem muito pouca gente, e é fácil manter a distância", comenta José María Quicio, um aposentado de 78 anos.

Ele e a esposa, Olga Ferrer, de 81 anos, colocaram cadeiras dobráveis a alguns metros da água, perto de cordas vermelhas que delimitam o espaço reservado para maiores de 70 anos.

"Esta é a nossa área", aponta ela, que acaba de voltar da água.

"Faz você se sentir mais seguro. É muito bom, melhor do que antes", acrescenta Olga.

A cerca de 50 metros, fica o posto de vigilância do salva-vidas, que, apesar do calor, usa uma máscara de pano sob os óculos de sol.

Às suas tarefas habituais, somam-se agora a manutenção das distâncias entre os banhistas e a desinfecção frequente dos banheiros e das instalações de primeiros socorros.

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