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Dois membros do conselho da oposição bielorrussa são presos

Dois membros do "conselho de coordenação", criado pela oposição bielorrussa para impulsionar uma transição política após as controversas eleições presidenciais de 9 de agosto, foram presos nesta segunda-feira (24) em Minsk, informaram seus aliados

AFP
24/08/2020 às 09:36.
Atualizado em 25/03/2022 às 15:47

Dois membros do "conselho de coordenação", criado pela oposição bielorrussa para impulsionar uma transição política após as controversas eleições presidenciais de 9 de agosto, foram presos nesta segunda-feira (24) em Minsk, informaram seus aliados.

Serguei Dilevski, presidente do comitê de greve da fábrica, e Olga Kovalkova foram presos pela polícia antidistúrbios na entrada da fábrica de tratores de Minsk, disse à AFP Denis Sadvoski, aliado político de Kovalkova.

O serviço de imprensa da oposição confirmou as prisões, afirmando que ocorreram "devido a um procedimento administrativo", o que pode estar vinculado à manifestação em massa não autorizada que aconteceu domingo na capital.

Olga Kovalkova, acompanhada de outro membro deste conselho, o advogado Maxim Znak, apresentou na sexta-feira uma denúncia no Tribunal Supremo, solicitando a anulação da eleição presidencial, oficialmente vencida pelo presidente Alexander Lukashenko com 80% dos votos.

O anúncio dos resultados, considerados fraudulentos, desencadeou um movimento de protesto sem precedentes, com a presença de quase 100.000 manifestantes nas ruas de Minsk, em 16 e 23 de agosto.

A oposição considera que a opositora Svetlana Tikhanovskaya, atualmente refugiada na Lituânia, é a vencedora. Ela criou o "conselho de coordenação" para organizar uma transição do poder.

De visita na Ucrânia, o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, reiterou o pedido da União Europeia (UE) ao líder bielorrusso para que aceite o diálogo e possa resolver uma "situação crítica".

"Acredito que Lukashenko tenha visto que nessas últimas semanas as ruas estão cheias de manifestantes. Por isso, pedimos para não recorrer à violência e respeitar os direitos dos protestantes", acrescentou.

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