O primeiro torneio do Grand Slam disputado na era da covid-19, o US Open começa nesta segunda-feira sem a presença de público na "bolha sanitária" de Flushing Meadows, em Nova York, com Novak Djokovic e Serena Williams prontos para aproveitar as ausências de seus maiores adversários devido à pandemia
O primeiro torneio do Grand Slam disputado na era da covid-19, o US Open começa nesta segunda-feira sem a presença de público na "bolha sanitária" de Flushing Meadows, em Nova York, com Novak Djokovic e Serena Williams prontos para aproveitar as ausências de seus maiores adversários devido à pandemia.
Os atuais campeões Rafael Nadal e Bianca Andreescu, assim como a número um da WTA, Ashleigh Barry, são alguns das muitos nomes que desistiram de participar do Aberto dos Estados Unidos apesar dos rígidos protocolos de segurança estabelecidos pelos organizadores.
No entanto, um jogador testou positivo para coronavírus, o primeiro entre os participantes, anunciou a organização do evento neste domingo, na véspera do início da competição.
Pouco depois do anúncio, o nome do tenista francês Benoît Paire foi removido dos participantes da competição em Nova York, sendo substituído pelo o do espanhol Marcel Granollers, número 149 do ranking da ATP, que enfrentará na primeira rodada o polonês Kamil Majchrzak (108º).
O jornal esportivo francês L"Equipe havia divulgado que o tenista que contraiu o vírus era Paire, número 22 do mundo e cabeça de chave 17 no Aberto dos Estados Unidos.
Nos piores momentos da crise do coronavírus, as instalações de Flushing Meadows foram convertidas em um hospital de emergência. E embora não possa receber público, o US Open será realizado sob rígidas medidas sanitárias e exames regulares dos jogadores, apesar da ameaça de suspensão que pairou sobre o evento por meses, quando o coronavírus rasgou o calendário em pedaços forçando o cancelamento até mesmo de Wimbledon .
A maioria dos tenistas, que veio a Nova York para competir esta semana no torneio de Cincinnati, está hospedada em dois hotéis-sede. Apenas alguns jogadores, incluindo Djokovic e Williams, optaram por ficar em acomodações privadas ao custo da segurança 24 horas aprovada pelos organizadores.
Nenhum jogador de tênis está autorizado a ir para qualquer lugar que não sejam as quadras de Flushing Meadows e seu alojamento. Qualquer um que sair da chamada "bolha" - ambiente controlado do torneio - sem o consentimento por escrito dos organizadores será expulso.
No centro de tênis do bairro do Queens, as poucas pessoas autorizadas a entrar passarão por controles de temperatura e terão que manter distanciamento físico e usar máscaras. Os jogadores também devem cobrir o rosto quando não estiverem jogando ou comendo, assim como os juízes e os pegadores de bola.
O britânico Andy Murray, campeão do Aberto dos Estados Unidos em 2012, descreveu a atmosfera deste ano como "muito triste", mas elogiou as medidas preventivas. "Me sinto seguro e estou feliz por ter decidido vir", disse o ex-número um do mundo.
As ausências de Nadal e do lesionado Roger Federer, dois dos "Três Grandes" do tênis masculino na atualidade, oferecem a Djokovic uma rara oportunidade de diminuir a distância em relação a eles no número de vitórias em torneios do Grand Slam (que além do US Open, é composto por Wimbledon, Roland Garros e o Aberto da Austrália).
O atual número um do ranking ganhou cinco das últimas sete edições dos quatro principais torneios do circuito de tênis e é o grande favorito para alcança a quarta vitória no Aberto dos Estados Unidos, cuja final é em 13 de setembro.
Caso seja campeão novamente em Flushing Meadows, Djokovic, de 33 anos, chegaria a 18 títulos de Grand Slam, se aproximando dos 19 de Nadal, 34 anos, e dos 20 de Federer, de 39.
O sérvio, que superou um desconforto no pescoço no sábado para vencer a final do Masters 1000 em Cincinnati, estreia na segunda-feira contra o bósnio Damir Dzumhur, número 107 do ranking.