Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) discutem, nesta quinta-feira (23), como sair da profunda recessão projetada para 2020 em consequência da pandemia de coronavírus
Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) discutem, nesta quinta-feira (23), como sair da profunda recessão projetada para 2020 em consequência da pandemia de coronavírus.
A divisão entre os membros do bloco sobre os detalhes do plano de recuperação dificulta, porém, as negociações e uma efetiva tomada de decisão.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, já sinalizou sua expectativa de que os 27 líderes encarreguem a Comissão Europeia de apresentar uma proposta sobre o plano de recuperação, durante a quarta cúpula por videoconferência dedicada à COVID-19.
"Um novo Plano Marshall, um esforço de investimento sem precedentes, impulsionará a recuperação e vai se dirigir para onde for mais necessário", tuitou Michel, horas antes do início da cúpula.
A comparação com o plano dos Estados Unidos para reconstruir a Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial não é trivial, sobretudo, quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) adverte para a maior recessão global desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Em seu conjunto, o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países do euro se contrairá 7,5% em 2020, segundo o FMI, que antecipa duras quedas nas primeiras economias europeias: Alemanha (-7%), França (-7,2%), Itália (-9,1%) e Espanha (-8,0%).
Para superar a crise, o consenso parece passar pela criação deste fundo de recuperação, mas os detalhes sobre seu montante, financiamento, ou eventual vínculo com o futuro Marco Financeiro Plurianual (MFP) 2021-2027 estão em aberto.
Como pano de fundo, essas discussões têm a vida de milhões de pessoas ainda em situação de confinamento na Europa, com estabelecimentos comerciais fechados e setores da economia entrando em colapso pela desaceleração provocada pela pandemia.
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