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Dinamarca suspende vacina da AstraZeneca; pandemia completa um ano

A Dinamarca suspendeu nesta quinta-feira (11) a vacina da AstraZeneca, enquanto a União Europeia se perpara para aprovar o fármaco da Johnson & Johnson contra o coronavírus, no dia que completa um ano que a Organização Mundial da Saúde classificou a covid-19 como pandemia

AFP
11/03/2021 às 10:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:19

A Dinamarca suspendeu nesta quinta-feira (11) a vacina da AstraZeneca, enquanto a União Europeia se perpara para aprovar o fármaco da Johnson & Johnson contra o coronavírus, no dia que completa um ano que a Organização Mundial da Saúde classificou a covid-19 como pandemia.

A suspensão da vacina da AstraZeneca foi decidida "depois dos informes de casos graves de formação de coágulos de sangue em pessoas que foram vacinadas", anunciou a Agência Nacional de Saúde dinamarquesa, antes de destacar que, "por enquanto, não se pode concluir que tenha uma relação entre a vacina e os coágulos de sangue".

A vacina anglo-sueca está sendo analisada de perto depois de vários casos de pessoas que morreram após a imunização, mas até o momento não foi estabelecida nenhuma relação causal.

Na segunda-feira, a Áustria anunciou que interrompeu a administração de um lote de imunizantes produzidos pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a "graves distúrbios de coagulação", poucos dias depois ser vacinada.

Outros quatro países europeus - Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo - suspenderam imediatamente a vacinação com doses desse lote, que foi entregue a 17 países e incluía um milhão de vacinas

Em uma investigação preliminar, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que não existe relação entre a vacina da AstraZeneca e a morte na Áustria.

O governo britânico defendeu nesta quinta-feira a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que chamou de "segura e eficaz", insistindo que continuará sendo utilizada no Reino Unido.

"Deixamos claro que (a vacina) é segura e eficaz", afirmou à imprensa um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson. "Quando as pessoas são solicitadas a aparecer para recebê-la, elas devem fazer isto com confiança", completou.

A EMA, que já aprovou outras duas vacinas, as da Pfizer/BionTech e Moderna, autorizou nesta quinta-feira a vacina da Johnson & Johnson, que precisa apenas de uma dose, ao contrário das outras, que exigem duas doses com o intervalo de váriass semanas.

Além disso, o novo fármaco pode ser armazenado durante três meses com a temperatura habitual de uma geladeira, o que facilita a distribuição.

A respeito da vacina da Pfizer/BionTech, um estudo em condições reais desenvolvido em Israel e publicado nesta quinta-feira afirma que o fármaco tem eficácia de 97% contra casos sintomáticos e formas graves da doença.

A partir de dados de pessoas vacinadas em Israel, "os resultados representam as provas concretas mais completas até o momento que demonstram a eficácia de uma vacina contra a covid-19", segundo um comunicado dos laboratórios Pfizer/BioNTech e do ministério israelense da Saúde.

De acordo com o estudo, a vacina também tem eficácia de "94%" contra as formas assintomáticas do vírus.

A distribuição da vacina é um desafio importante diante de um vírus que matou pelo menos 2.621.295 pessoas em todo o mundo, com quase 118 milhões de casos de infecção, segundo um balanço da AFP.

País mais afetado com mais de meio milhão de mortos, os Estados Unidos aceleram a vacinação.

Mais de 93 milhões de doses de vacina já foram aplicadas no país, que fez pedidos suficientes para receber até o fim de maio a quantidade necessária para vacinar todos os americanos.

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