A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou nesta quarta-feira (21) que a desinformação ameaça a resposta à covid-19 no continente americano, em particular no que diz respeito a uma vacina contra o vírus
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou nesta quarta-feira (21) que a desinformação ameaça a resposta à covid-19 no continente americano, em particular no que diz respeito a uma vacina contra o vírus.
"A desinformação é uma séria ameaça à saúde de nossa região. Rumores traiçoeiros e teorias de conspiração podem atrapalhar os esforços de vacinação e prejudicar nossa resposta à covid-19, ceifando vidas", disse Carissa Etienne, diretora da Opas.
"A maneira como comunicamos sobre as vacinas para a covid-19 tornará possível ou impedirá nossa capacidade de controlar a pandemia", enfatizou em uma entrevista coletiva no formato virtual.ad/dgavirtual.
Mais de 190 vacinas candidatas estão atualmente em estudo, 11 delas em ensaios clínicos de fase 3, e o processo é acompanhado de perto em face da urgência de se obter uma imunização que seja eficaz e segura contra covid-19.
De acordo com Etienne, a superabundância de informações de fontes nem sempre confiáveis gerou confusão sobre a segurança das vacinas.
"É vital que o público receba informações claras, concisas e com embasamento científico sobre uma futura vacina contra a covid-19", frisou, pedindo às autoridades, à mídia, ao setor privado e à comunidade científica que colaborem nesse esforço.
O continente americano concentra cerca de 19 milhões de casos e mais de 614.000 mortes pelo novo coronavírus, que apareceu na China no final de 2019, o que representa quase metade das infecções e mortes em todo o mundo.
Etienne destacou que em todas as sub-regiões das Américas ainda existe uma "alta" transmissão do vírus, com cerca de 100.000 infecções diárias. Ela destacou não só as taxas de incidência nos Estados Unidos e no Brasil, mas também na Argentina, na Colômbia, no Peru e no México.
"A região ainda enfrenta um surto significativo", disse.
Os Estados Unidos, o país mais afetado pelo vírus no mundo, continua registrando um aumento constante de casos, principalmente nas regiões do Meio-Oeste e das Montanhas Rochosas.
O Canadá está passando por uma segunda onda, especialmente no nordeste da província de New Brunswick.
Na América Central, há um aumento persistente na Costa Rica e em Belize, enquanto no Caribe de língua inglesa a maioria dos novos casos está relacionada a viagens internacionais não essenciais.
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