Um grupo de deputados do dissolvido Parlamento de Mianmar anunciou nesta quarta-feira que entregará às Nações Unidas um relatório com dezenas de milhares de provas das violações dos direitos humanos cometidas pelas Forças Armadas desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro
Um grupo de deputados do dissolvido Parlamento de Mianmar anunciou nesta quarta-feira que entregará às Nações Unidas um relatório com dezenas de milhares de provas das violações dos direitos humanos cometidas pelas Forças Armadas desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro.
Quase 600 civis, incluindo mais de 40 crianças e adolescentes, morreram vítimas da repressão desde o golpe, segundo a Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP).
Desde o golpe, quase 2.700 pessoas foram detidas e muitas estão desaparecidas - as famílias e os advogados não têm notícias.
As denúncias incluem execuções extrajudiciais, torturas e detenções ilegais, afirmam os deputados que integram o Comitê para a Representação da Pyidaungsu Hluttaw (CRPH, na sigla em inglês), o nome do Parlamento birmanês.
O comitê "recebeu 180.000 elementos (...) que mostram violações em larga escala dos direitos humanos por parte dos militares", afirmou o grupo, que reúne deputados da Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido da líder civil birmanesa Aung San Suu Kyi, que está detida.
O CRPH, que reivindica o direito de falar em nome do país, informou que seus advogados se reuniriam com investigadores da ONU nesta quarta-feira para entregar o relatório.
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