O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos iniciou nesta segunda-feira (25) uma investigação administrativa para determinar se autoridades da pasta tentaram influir para "alterar os resultados das eleições presidenciais" a favor de Donald Trump
O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos iniciou nesta segunda-feira (25) uma investigação administrativa para determinar se autoridades da pasta tentaram influir para "alterar os resultados das eleições presidenciais" a favor de Donald Trump.
O inspetor-geral do DoJ, Michael Horowitz, anunciou a investigação depois que artigos da imprensa implicaram Jeffrey Clark, jurista encarregado dos temas de direito civil do ministério.
Os jornais The Washington Post e The New York Times indicaram que Trump, que denunciou sem provas ter sido vítima de fraude, conspirou no início de janeiro com Clark para tentar derrubar o secretário interino de Justiça, Jeffrey Rosen, que se negou a segui-lo em sua cruzada contra os resultados das eleições.
A ideia era que Rosen fosse substituído por Clark para que o DoJ se negasse a certificar a vitória do democrata Joe Biden no estado-chave da Geórgia.
O então presidente teria desistido diante da ameaça de renúncias maciças dentro da pasta, acrescentaram os jornais.
A investigação iniciada por Horowitz busca determinar "se funcionários atuais ou passados do departamento incorreram em ações inapropriadas" com o fim de modificar o resultado das eleições, segundo um comunicado.
A investigação não se estenderá "a outros funcionários do governo", disse o inspetor-general, excluindo investigar Trump e seu séquito na Casa Branca.
Clark assegurou na imprensa que seus intercâmbios com Trump teriam sido "dentro do âmbito da lei" e que a informação publicada estava errada.
As denúncias de fraude de Trump não convenceram os tribunais, mas semearam dúvidas na mente de milhões de seus seguidores, o que motivou alguns a lançarem um ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, quando o Congresso certificava a vitória de Biden.
A invasão, que deixou cinco mortos, levou os democratas a apresentarem novo impeachment contra Trump por "incitar a insurreição" e que será julgado em fevereiro.
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