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Democratas vencem primeira disputa na Geórgia e se aproximam do controle do Senado

O Partido Democrata deu um grande passo para assumir o controle do Senado dos Estados Unidos ao conquistar uma das duas cadeiras em disputa na Geórgia na terça-feira (5), poucas horas antes de o Congresso certificar a vitória do presidente eleito, Joe Biden

AFP
06/01/2021 às 09:42.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:39

O Partido Democrata deu um grande passo para assumir o controle do Senado dos Estados Unidos ao conquistar uma das duas cadeiras em disputa na Geórgia na terça-feira (5), poucas horas antes de o Congresso certificar a vitória do presidente eleito, Joe Biden.

Raphael Warnock, pastor de uma igreja de Atlanta em que pregava Martin Luther King, derrotou a senadora republicana Kelly Loeffler, informaram os canais CNN, CBS e NBC.

"Eu faço uma promessa a vocês esta noite: vou ao Senado para trabalhar por toda Geórgia", afirmou Warnock em uma mensagem divulgada na Internet.

Seu companheiro de partido Jon Ossoff liderava a segunda votação, o que pode representar um duro golpe para os republicanos, com a retomada do controle do Senado.

Warnock, de 51 anos, entrou para a história como o terceiro afro-americano eleito para o Senado por um estado do sul do país. Ele derrotou Loeffler, uma empresária de 50 anos, que havia sido nomeada senadora em dezembro de 2019.

Ainda sem o resultado final, o democrata vencia com 50,6% dos votos.

Na outra disputa, com 98% das urnas apuradas, Ossoff tinha uma vantagem de 16.370 votos sobre o senador republicano David Perdue, uma margem superior à vitória de Biden sobre Donald Trump neste estado em novembro.

Vários analistas projetam sua vitória, pois muitos votos que ainda precisam ser contados procedem dos subúrbios de Atlanta, área de maioria democrata.

Os resultados finais podem ser divulgados ao meio-dia, informou Gabriel Sterling, funcionário eleitoral da Geórgia, ao canal CNN.

Se o segundo resultado for confirmado neste estado sulista tradicionalmente conservador, seria um golpe duro para o Partido Republicano, que, após perder a Casa Branca há dois meses, perderia o controle do Senado.

Os democratas já têm maioria na Câmara de Representantes.

Também representaria um duro revés para Donald Trump, que não reconhece sua derrota. Além disso, suas teorias da conspiração sobre uma suposta fraude eleitoral teriam, segundo analistas, prejudicado o partido.

"É um desastre épico para o Partido Republicano com um dano incalculável", tuitou Matt Mackowiak, presidente do partido no condado texano de Travis, que criticou Trump por ter prejudicado a sigla com suas acusações infundadas.

Estimulados pela vitória apertada de Biden na Geórgia em novembro, a primeira de um democrata no estado desde 1992, os democratas conseguiram mobilizar seus eleitores, especialmente o fundamental eleitorado afro-americano.

"A Geórgia vai fazer história mais uma vez", disse a congressista democrata Ilhan Omar.

A eleição é histórica por outras razões também. Raphael Warnock será o primeiro senador negro na história da Geórgia. Jon Ossoff seria, com 33 anos, o senador democrata mais jovem desde... Joe Biden (em 1973).

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