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Democratas confirmam Biden e republicanos se preparam para defender Trump

Os democratas mostraram uma frente unida para nomear Joe Biden seu candidato à Casa Branca, encerrando uma inédita convenção online que transcorreu sem contratempos e que será a medida para o conclave que os republicanos preparam na semana que vem para nomear Donald Trump

AFP
21/08/2020 às 21:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 15:53

Os democratas mostraram uma frente unida para nomear Joe Biden seu candidato à Casa Branca, encerrando uma inédita convenção online que transcorreu sem contratempos e que será a medida para o conclave que os republicanos preparam na semana que vem para nomear Donald Trump.

Biden, o ex-vice-presidente de Barack Obama, de 77 anos, encerrou na quinta-feira a convenção de quatro dias com um discurso no qual prometeu deixar para trás a "divisão" e virar a página após quatro anos de governo Trump.

"O atual presidente cobriu os Estados Unidos de escuridão por tempo demais. Medo demais. Divisão demais", disse o candidato em um discurso que durou 25 minutos e pôs fim a um evento celebrado majoritariamente de forma virtual, diferentemente dos tradicionais comícios cheios de balões, chapéus e plateias empolgadas.

Em sua fala, Biden prometeu que se for eleito, vai tentar tirar "o melhor de cada um".

"Serei um aliado da luz e não da escuridão", afirmou o candidato democrata, que lidera as pesquisas de intenção de voto à frente de Trump.

Trump, de 74 anos, também usou este discurso apocalíptico para responder a acusou os democratas de organizar a convenção mais "obscura, raivosa e sombria" da história dos Estados Unidos.

"Onde Joe Biden vê escuridão nos Estados Unidos, eu vejo grandeza", afirmou.

Trump será nomeado por seu partido semana que vem em uma convenção que o presidente tentou manter na normalidade até que a realidade da pandemia se impôs.

A convenção começa na segunda-feira em Charlotte, na Carolina do Norte, e o presidente visitará uma localidade próxima a este estado-chave para se manter na Casa Branca.

Por enquanto há poucos detalhes sobre o programa e o único que vazou é que Trump quer fazer seu discurso para aceitar a indicação da Casa Branca, rompendo o mandato de separar suas atividades de governo dos atos de campanha.

Durante toda a semana, Trump tentou atacar os adversários, insultando Biden com os apelidos "Joe, o sonolento" ou o recém-criado "Joe, o lento", e tentando apresentar seu vínculo com Obama como uma desvantagem, afirmando que é um símbolo do "establishment".

Também o acusou de ser um fantoche da esquerda radical e de ser próximo demais da China.

Reiterando uma mensagem conhecida, afirmou nesta sexta-feira que os resultados das eleições poderiam demorar semanas, devido ao alto fluxo de votos por correio.

"Nunca terão uma contagem da eleição de 3 de novembro", disse Trump, advertindo que o processo pode levar "semanas ou meses" ou que talvez nunca venha a ser concluído.

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