Os congressistas democratas envolvidos no julgamento de impeachment de Donald Trump concluíram seus argumentos nesta quinta-feira (11), instando o Senado a condenar o ex-presidente americano por encorajar o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro
Os congressistas democratas envolvidos no julgamento de impeachment de Donald Trump concluíram seus argumentos nesta quinta-feira (11), instando o Senado a condenar o ex-presidente americano por encorajar o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro.
"Pedimos humildemente que condenem o presidente Trump por um crime do qual ele é totalmente culpado", afirmou Joe Neguse, um dos membros da Câmara dos Representantes que atuam como promotores no julgamento em andamento no Senado.
"Porque se não o fizerem, se fingirmos que isso não aconteceu, ou pior ainda, se deixarmos sem resposta, quem pode garantir que não vai acontecer de novo?", concluiu.
Os advogados de Trump terão 16 horas a partir desta sexta-feira para apresentar sua defesa.
A Câmara dos Representantes, cuja maioria é democrata, abriu uma ação contra Trump em 13 de janeiro por "incitar a insurreição" durante a passagem de poder na sede do Congresso.
O caos ocorrido em 6 de janeiro deixou cinco mortos, incluindo uma mulher que foi baleada após invadir o Capitólio e um policial morto por uma multidão de apoiadores de Trump que buscavam impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden em 3 de novembro.
Biden disse que as evidências chocantes apresentadas desde terça-feira contra seu antecessor podem pesar contra Trump entre alguns republicanos que ainda são leais ao ex-presidente.
Mas não há indícios de que os democratas estejam perto de garantir uma maioria de dois terços para uma condenação no Senado, que tem 100 membros e no qual os democratas têm 50 cadeiras.
"Esta insurreição pró-Trump não surgiu do nada", afirmou Jamie Raskin, à frente da acusação democrata, defendendo ser imperativo que o Senado condene Trump e o proíba de concorrer novamente à Casa Branca.
"Se ele voltar ao cargo e isso acontecer novamente, não teremos ninguém para culpar a não ser a nós mesmos".
A congressista Diana DeGette, outra democrata na acusação, argumentou que Trump foi diretamente responsável pela tentativa de seus partidários de impedir a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Biden.
"O líder deles, o homem que os incitou, deve ser responsabilizado", afirmou.
"Este não foi um crime escondido. O presidente disse a eles para irem", ressaltou.
Biden disse que não acompanhou as audiências ao vivo, mas assistiu à cobertura sobre a apresentação do caso, na qual líderes políticos fugiram para um local seguro ao mesmo tempo em que uma multidão enfurecida alimentada pela retórica de Trump se espalhava pelos corredores.
"Suponho que algumas opiniões podem mudar", afirmou Biden a jornalistas no São Oval.