Condenado a 18 anos de prisão nesta terça-feira, o ex-magnata do mercado imobiliário chinês Ren Zhiqiang, conhecido por suas críticas ao governo, é o caso mais recente de personalidade a enfrentar o peso da campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping
Condenado a 18 anos de prisão nesta terça-feira, o ex-magnata do mercado imobiliário chinês Ren Zhiqiang, conhecido por suas críticas ao governo, é o caso mais recente de personalidade a enfrentar o peso da campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping.
Iniciada após sua chegada ao poder em 2013, a campanha é popular junto à opinião pública, mas também suspeita de servir para afastar personalidades contrárias à linha política oficial do Partido Comunista.
Aqui estão alguns dos peixes grandes que caíram em desgraça:
Ex-chefe todo-poderoso da metrópole de Chongqing (sudoeste), Bo Xilai foi condenado em 2013 à prisão perpétua por corrupção, em meio a um retumbante caso de assassinato que foi acusado de silenciar e que envolvia sua esposa.
O ambicioso e carismático político era, antes de sua queda, um dos principais líderes do Partido Comunista Chinês, a quem muitas vezes foi atribuído um futuro cargo nacional.
O "príncipe vermelho" Bo Xilai, que recebeu este título por ser filho de uma figura da revolução comunista, chegou a ser visto como um sério rival do atual presidente Xi Jinping.
Maior personalidade regime a cair em desgraça em quase 40 anos, ele se tornou, apesar de tudo, o troféu emblemático da campanha anticorrupção.
Zhou Yongkang exerceu controle de ferro sobre o aparato de segurança chinês por uma década.
Acusado por corrupção, abuso de poder e divulgação de segredos de Estado, Zhou foi condenado em 2015 à prisão perpétua durante um julgamento histórico.
Seu desaparecimento chegou às manchetes. O ex-presidente da Interpol Meng Hongwei desapareceu repentinamente em setembro de 2018.
Depois de 10 dias, Pequim anunciou que ele havia retornado à China e sido detido sob suspeita de corrupção. Foi condenado em janeiro a 13 anos de prisão.
A esposa de Meng Hongwei e seus dois filhos receberam asilo político na França no início de maio, de acordo com seu advogado. Sua esposa alega ter sido vítima de uma tentativa de sequestro.