INTERNACIONAL

Cúpula virtual na Holanda sobre adaptação aos efeitos das mudanças climáticas

Líderes de todo o mundo se reúnem virtualmente nesta segunda-feira (25) para a primeira cúpula dedicada ao fortalecimento da resiliência do planeta para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas

AFP
25/01/2021 às 08:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:22

Líderes de todo o mundo se reúnem virtualmente nesta segunda-feira (25) para a primeira cúpula dedicada ao fortalecimento da resiliência do planeta para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.

Esses líderes, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, participarão por videoconferência da cúpula sobre adaptação às mudanças climáticas, organizada pela Holanda.

O encontro, no qual também falará o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e seu antecessor Ban Ki-moon, prevê a adoção de um "programa de ação de adaptação" para fazer frente aos efeitos como o aumento do nível de mar, condições climáticas extremas e colheitas ruins.

"Este ano de 2021 terá vários momentos cruciais em que os líderes e povos do mundo mostrarão verdadeiramente seu forte compromisso. Não fizemos praticamente nada na adaptação" até agora, declarou Ban Ki-moon a repórteres na semana passada.

A cúpula será realizada virtualmente devido à pandemia de coronavírus.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, declarou que seu país, do qual um terço do território está abaixo do nível do mar, tem séculos de experiência em proteger a terra da água e que espera compartilhá-la com outros.

"Se não aprendermos a administrar as consequências, se não conseguirmos nos adaptar, o impacto será desastroso", disse ele em um discurso por vídeo.

"Junto com vários líderes do planeta, vou lançar um programa de ação de adaptação detalhado", ressaltou.

Boris Johnson, por sua vez, deve lançar uma iniciativa internacional chamada "Adaptation Action Coalition", que visa associar o Reino Unido, Egito, Bangladesh, Malaui, Holanda, Santa Lúcia e as Nações Unidas.

Essa coalizão trabalhará para "traduzir os compromissos políticos internacionais" sobre adaptação e resiliência às mudanças climáticas em "apoio local para comunidades vulneráveis", de acordo com Downing Street.

Em nota, o gabinete do primeiro-ministro especificou que Boris Johnson garantirá na cúpula que "é inegável que a mudança climática é uma realidade e que devasta vidas e economias. Temos que nos adaptar às mudanças em nosso clima e devemos fazer isso agora".

Esta cúpula é a primeira a enfocar os efeitos das mudanças climáticas, segundo os organizadores. As precedentes foram dedicadas principalmente ao combate às causas do fenômeno, em particular às emissões.

Trata-se, acima de tudo, de reduzir a vulnerabilidade dos países à elevação do nível do mar, às condições climáticas extremas e à escassez de alimentos.

O programa pode incluir o reforço de diques no mar, mas também como aproveitar novas oportunidades, como safras mais longas e o surgimento de novas áreas de cultivo, de acordo com os organizadores.

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